Dias difíceis

quinta-feira, 04 de agosto de 2016
por Jornal A Voz da Serra

A SECRETARIA Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana tem feito diversas intervenções procurando desafogar o trânsito, principalmente no centro da cidade, buscando, assim, facilitar a vida dos motoristas e de pedestres.

NOVA FRIBURGO já viveu, em passado não muito distante, da tranquilidade de uma cidade interiorana, turística, e com uma população compatível com o seu porte. Os automóveis ainda não haviam invadido as ruas, o bafômetro era uma quimera, a gestão municipal do trânsito não existia, a bicicleta predominava.

O CRESCIMENTO da sociedade de consumo, entretanto, mostrou logo o seu lado perverso. Vantagens fiscais oferecidas pelo governo abrandando os impostos para a aquisição de automóveis encarregaram de aumentar expressivamente o número de veículos, que hoje ultrapassa a casa de 100 mil licenciados, praticamente um para cada dois habitantes. Qual é alternativa?

A SAÍDA adotada pelos governos tem sido o aumento da frota de ônibus, a implantação do metrô e a criação de linhas de trem. Porém, em Nova Friburgo, não possuímos alternativas. Já foi o tempo que a vida girava em torno do centro da cidade, os bairros e distritos não ofereciam estrutura suficiente. Hoje, o aumento da população e o crescimento industrial deram uma nova configuração econômica ao município, expandindo as atividades em todos os lugares. Responder ao crescimento com uma adequada política de mobilidade urbana, pois, é o desafio das autoridades.

ENFRENTAR O trânsito em nossa cidade é um martírio que a população convive, resignadamente, diariamente, há vários anos, com poucas melhorias do sistema viário, com obras de engenharia de tráfego e aumento da frota de ônibus para servir a comunidade, combinando a gestão pública com os desejos da população, incluindo aí uma coerente política de preço das tarifas. As manifestações ocorridas em diversas cidades brasileiras revelaram um descontentamento generalizado com o governo, sendo a mobilidade urbana o grande vilão.

DESATAR O nó do trânsito friburguense tem sido o compromisso dos últimos governos, mas ainda não chegamos lá. Diariamente a população sonha com o conforto e a rapidez do nosso transporte coletivo, mas, infelizmente, o pesadelo das horas perdidas ajuda a inviabilizar a pretensão friburguense.

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