A Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, a partir de iniciativa e propostas brasileiras, em maio de 2012. Desde então, o Ministério da Saúde do Brasil cumpre uma séries de metas e ações de prevenção e controle para o combate à doença através de Departamento de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde.
A celebração da data tem como objetivo atrair atenção para o tema e incentivar o diálogo, principalmente no campo da saúde pública. A criação de novas políticas públicas e a eficiência das que já existem garantem o acesso universal ao tratamento e prevenção dessas doenças.
Durante todo este mês, o Ministério da Saúde, através do Departamento de ISTs/Aids (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Hepatites Virais, em parceria com os estados e municípios, promove uma série de ações de conscientização e de cuidados com as hepatites virais. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é simplificar o diagnóstico, ampliar a testagem e fortalecer o atendimento às hepatites virais. Atualmente o tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita a cura em mais de 90% dos casos.
A diretora do Departamento de ISTs, HIV/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explica que o maior desafio do Plano é realizar a busca das pessoas que, ainda que diagnosticadas, não estão em tratamento e daquelas que ainda não foram diagnosticadas. “A Hepatite C é uma doença silenciosa. Muitas pessoas estão com o vírus e não apresentam nenhum sintoma. Diagnosticar e tratar essas pessoas da forma mais rápida possível é essencial para a qualidade de vida delas e também para a saúde pública. Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil”, enfatizou a diretora.
Só no ano passado 40.198 casos novos de hepatites virais foram notificados no Brasil. De 1999 até 2017, ao todo, 718.837 pessoas foram notificadas com hepatites virais.
Hepatite B
A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a doença e está disponível no SUS. Em crianças, a imunização é feita em quatro doses: ao nascer, aos dois, quatro e seis meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses, a depender da situação vacinal.
Hepatite C
A taxa de detecção é de 11,9 casos por 100 mil habitantes, o que demonstra que 1.083.000 pessoas tiveram contato com o vírus da hepatite, o que representa 0,71% da população. Desse total, 657 mil, são elegíveis para tratamento, ou seja, têm vírus circulante no sangue. A maior concentração dos casos está na população com mais de 40 anos de idade ou mais .
Como se cuidar em Friburgo
Em Nova Friburgo, a vacinação contra Hepatite B está disponível para a população nas salas de vacinação de rotina nos postos de saúde. Vale ressaltar a importância de se completar o esquema vacinal com as três doses necessárias, pois atualmente observa-se um grande número de pessoas que iniciam a vacinação contra hepatite B recebendo a primeira e até a segunda dose, mas que deixam de fazer a terceira dose devido ao intervalo grande em relação a primeira dose.
Além da vacinação, que já faz parte da rotina nas unidades de saúde, a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza testes de triagem para hepatite B e C, na Policlínica Centro Dr. Sílvio Henrique Braune, de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h (às quartas, também entre 13h e 16h30).
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