3 de Maio, Dia do Sertanejo. É a esse povo que dedicamos esta edição. Desde sempre, o sertão nos envolve com suas histórias recheadas de luta, solidão e força interior, que se refletem na literatura, nas artes plásticas, no cinema, na música. Na moda de viola, de tantas e variadas formas, na voz e viola de nossos artistas, ao longo de um século, a essência desse estilo musical, o “sertanejo raiz”, vem se transformando e se adaptando aos novos tempos. Porém, seu real significado e valor permanecem nas letras e melodias de compositores como Almir Sater, por exemplo. Suas canções refletem a simplicidade da vida no campo, a aparente calmaria desse povo oriundo do interior desse imenso país. Para ilustrar esse ambiente, que em forma de poesia cantada passa a sensação de ter parado no tempo, transcrevemos uma das mais belas canções desse violeiro: “Tocando em frente”, em parceria com outro grande nome desse gênero musical, Renato Teixeira.
“Ando devagar porque já tive pressa,
Levo este sorriso porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei.
Eu nada sei!
Conhecer as manhas e as manhãs,
Os sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente:
Compreender a marcha e tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada,
Eu vou tocando os dias pela longa estrada
Eu vou! Estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs...
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora.
Um dia a gente chega e
No outro a gente vai embora...
Conhecer as manhas e as manhãs,
Os sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar...
Ando devagar porque já tive pressa.
Levo este sorriso porque já chorei demais.
Cada um de nós compõe a sua história.
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz…”
Boa leitura e bom fim de semana, de preferência ao som da inspiradora música sertaneja, um estilo genuinamente brasileiro!
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