Flávia Namen
Comemorado neste sábado, 5, o Dia Mundial do Meio Ambiente serve de alerta para a questão do consumo consciente e da mudança de hábitos do dia a dia. Ações simples, como apagar as luzes, economizar água, optar pelos meios de transporte coletivo e separar o lixo orgânico do reciclável são algumas atitudes que ajudam a preservar a natureza. A criação de leis voltadas à conservação ambiental é outra iniciativa que vem ganhando força no Brasil nos últimos anos.
O mais recente avanço da legislação vem da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ao sancionar a lei 5.502/09, que dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais em todo o estado. A medida visa a diminuir os danos ambientais causados pelo uso do material, que pode levar até 200 anos para se decompor. O prazo de substituição vai até 15 de julho para as grandes redes, tempo considerado insuficiente para se adaptar ao que ficou definido na norma. Já para as pequenas e médias empresas o prazo é de, respectivamente, três e dois anos.
A aplicabilidade da lei foi tema no mês passado de audiência pública da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj. Na ocasião, o representante da Associação dos Supermercados do Estado do Rio sugeriu que o prazo para a substituição das sacolas seja prorrogado e passe a vigorar em 1º de janeiro de 2011.O assunto será discutido em nova audiência, quando deverá ser apresentada proposta de novo projeto ampliando o prazo.
Vale destacar que no Brasil anualmente são produzidos 18 milhões de sacolas plásticas, material que não é reciclado, ao contrário do que é feito com as latinhas de alumínio e as garrafas pet. Em função disso, têm sido cada vez mais frequentes as campanhas em favor do uso das bolsas ecológicas, em substituição às populares sacolas plásticas. Trata-se de uma mudança de hábito que é exemplo de consumo consciente e mostra que, através da adoção de pequenas atitudes diárias, é possível contribuir com o futuro do planeta.
Você sabia?
Vários tipos de plásticos levam mais de cem anos para se degradar, de acordo com o ambiente em que são descartados. Nesta categoria também estão incluídos derivados de plásticos super-resistentes, como o isopor, que não pode ser reciclado e não se desmancha em menos de 500 anos. Já as sacolas plásticas podem durar até 200 anos se depositadas em aterros sanitários. Caso fiquem expostas à luz do sol, podem se decompor em um ano, graças aos efeitos dos raios ultravioleta. Também são necessários 200 anos para que as garrafas pet se decomponham na natureza. A boa notícia é que metade das que são produzidas no Brasil já passam por reciclagem.
Fonte: www.planetasustentavel.abril.com.br
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