Dia das mães deve aquecer venda de flores em Nova Friburgo

Município é responsável por 60% de toda a produção estadual
sábado, 12 de maio de 2018
por Jornal A Voz da Serra
Produção de flores em Vargem Alta (Arquivo AVS)
Produção de flores em Vargem Alta (Arquivo AVS)

Às vésperas do Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, 13, os produtores e comerciantes de flores em Nova Friburgo estão na expectativa para as vendas. Isso porque, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), entre os municípios produtores, a cidade é responsável por 60% de toda a produção estadual.

Segundo a gerente setorial do Programa Florescer, Nazaré Dias, cerca de 50% do faturamento anual do setor é obtido no Dia das Mães. Em 2017, somente o segmento de flores e folhagens de corte, principais produtos do ramo comercializados nesta festividade, faturaram cerca de R$ 140 milhões, no estado. Para 2018 é estimado crescimento em torno de 10% nas vendas.

“As rosas são as mais vendidas no Dia das Mães, principalmente as vermelhas. Plantas de vaso também são procuradas nesta época, contudo, em proporção menor do que as flores. As folhagens ajudam na composição do ramalhete, agregando valor ao produto”, disse Nazaré.

Já o produtor Juranil Tavares, 45 anos, revela: “Trabalhamos o ano inteiro esperando esse dia. A venda de flores cresce muito nesta data”. Ele explica ainda que, além das rosas, as astromélias, lírios e gérberas são bastante procuradas.

Otimista com a chegada da data, o produtor de Vargem Alta, Vadith Chamboudet, explica que o segmento no estado do Rio está fortalecido e vem superando as dificuldades, especialmente em função da adoção de tecnologias como cultivo protegido, irrigração por gotejamento. “O cultivo protegido possibilita o controle de variáveis climáticas como temperatura, umidade de ar, radiação solar e vento. Esse controle se traduz em ganho de eficiência produtiva e equilibra as finanças, possibilitando a continuidade do trabalho. Das 35 estufas que tenho, como astromélias, lírios, chuvas de prata e gérberas, pelo menos 90% vão para venda”, afirmou.

Setor gera empregos

 Ainda segundo a Ibraflor, em 2017, a produção de flores no Estado do Rio gerou mais de 18 mil empregos e movimentou R$ 160 milhões. Somente em Nova Friburgo há 220 agricultores, que produzem anualmente 16,5 milhões de maços de flores, o que representa cerca de R$ 130 milhões. As condições climáticas da Região Serrana possibilitam a consolidação do setor.

A maior parte da produção do estado (85%) é fruto da agricultura familiar. Em relação a comercialização, 90% das flores são vendidas no mercado interno. No caso das flores de corte, as vendas dentro do próprio estado garantem uma qualidade superior para o produto, pois não há a necessidade de transpor longas distâncias entre a zona produtora e o mercado consumidor.

“O Rio de Janeiro também vende para outros estados alguns tipos de flores, como as tropicais, por  dispor de climatologia mais adequada do que os concorrentes. O fato de ser o segundo maior mercado consumidor do país facilita o escoamento da produção  – explicou o engenheiro agrônomo e gerente de floricultura da Emater Rio, Martinho Belo.

 

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