(SECOM) - No dia 1º de agosto é comemorado o Dia da Independência da Suíça, um dos dez países que colonizaram Nova Friburgo. A data comemorativa foi festejada por todo o último final de semana, com festa da colônia suíça na Praça das Colônias (Suspiro), reverenciando a história daquele país, que a 1 de agosto de 1291 assistiu à união dos habitantes de Uri, Schwyz e Unterwalden numa aliança na luta armada contra os Habsburgos, então soberanos austríacos.
A comemoração teve início no sábado, 01, com hasteamentos das 10 bandeiras das nações colonizadoras do município: além da Suíça, Pan-Africana, Portugal, Alemanha, Itália, Espanha, Áustria, Hungria, Líbano e Japão.
A solenidade de abertura do evento contou, entre outros com a presença do historiador e escritor Henrique Bonn, descendente de suíços, que falou um pouco sobre a história daquele país e também da luta do povo suíço pela liberdade em 1291. Bonn destacou a iniciativa do povo simples, lavradores à época, que não se sujeitaram à submissão aos nobres. Eles deram início, há quase 720 anos, à Confederação Helvética, um dos mais organizados sistemas de administração política, que perdura até os dias de hoje.
O prefeito Heródoto Bento de Mello também fez um breve discurso, no qual ressaltou:
“Todos falaram do passado, mas prefiro falar do futuro. Em 2018, faremos 200 anos e temos um grande desafio pela frente: preparar a cidade para que seja mais bonita e desenvolvida do que é hoje. Para isso, estamos trabalhando de forma árdua e assídua. O projeto do trem, o campo de aviação e as construções das casas populares são projetos que estão em andamento”, lembrou o prefeito, que ainda acrescentou: “O nosso sucesso depende de cada um de nós. Em 1818, quando os ancestrais destas famílias que hoje são parte de Nova Friburgo chegaram, colocaram as enxadas nas costas e começaram a trilhar os rumos da nossa cidade. Agora é a nossa vez. Vamos provar que somos o povo da livre iniciativa”, afirmou o prefeito.
Ainda em seu pronunciamento em homenagem aos colonizadores, o prefeito Heródoto completou: “Fomos colonizados pelos suíços, mas a cidade se desenvolveu também graças ao trabalho das mãos suadas dos negros sob o comando dos portugueses. Todos sabem que Nova Friburgo é a cidade da acolhida. E, por isso, cada dia que passa fico mais admirado com esta cidade e com este povo. A nossa história não começou ao nascermos, mas quando todos esses povos que se instalaram aqui iniciaram as suas próprias histórias, em tempos tão remotos”, destacou.
Finalizando o discurso, o prefeito Heródoto ressaltou: “Somos a única cidade dentre os mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros que hasteia as bandeiras dos países de seus colonos. Alemãs, libaneses, húngaros, portugueses... Isso nos faz ter uma visão cosmopolita”.
O presidente da Associação Fribourg-Nova Friburgo, o secretário municipal de Agricultura e também descendente de família suíça, Roberto Wermelinger, disse que “a união de todos os trabalhadores estrangeiros que chegaram ao Brasil, nos transformou em uma grande nação e por isso temos uma grande história. Com Nova Friburgo, os fatos não foram diferentes. Hoje a cidade é um expoente de luta e desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro”, finalizou, lembrando os preparativos para o encontro comunitário suíço-brasileiro, programado para outubro próximo, para as comemorações do 30º aniversário da Associação que mantém o intercâmbio e quando serão recepcionados 320 suíços de diversos cantões daquele país.
Wermelinger ainda aproveitou para citar e agradecer a presença de todos os diretores da entidade presentes, saudando-os em nome do ex-presidente, o historiador Carlos Jayme Jaccoud, também participando da solenidade ao lado do prefeito e de demais autoridades.
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