O Dia Nacional da Consciência Negra, feriado estadual no Rio de Janeiro, foi celebrado ontem, 20, no Teatro Municipal Laercio Ventura, com solenidade pela manhã. Além da representante da colônia Pan-Africana e presidente do Centro Cultural Afro-brasileiro Ysun Okê, Ilma Santos, prestigiaram a cerimônia de valorização da cultura negra no Brasil, representantes das demais colônias friburguenses, o prefeito Renato Bravo, parte do seu secretariado e vereadores.
A solenidade, inicialmente prevista para a panóplia da Praça do Suspiro, mas que devido ao mau tempo, foi transferida para o teatro, contou com a apresentação de dança e leitura de poemas étnico-raciais dos alunos do 1º ao 6º ano da Escola Municipal Santa Paula Frassinetti, além da execução dos hinos nacional, de Nova Friburgo e o Pan-africano.
“Hoje (ontem, 20) é um dia para celebrar, mas também para enaltecer o papel do negro na sociedade e conscientizar a população da nossa importância e mostrar que todos somos um só povo”, disse Ilma Santos. Em discurso, o prefeito Renato Bravo parabenizou a colônia Pan-africana de Nova Friburgo e frisou a importância da união dos povos que muito contribuíram para o desenvolvimento econômico, social e cultural friburguense. É como diz o nosso lema, somo ‘A cidade de todos os povos’. Estamos trabalhando juntos para que Nova Friburgo cresça. Hoje (ontem) é um dia especial e que conta um pouco a história da nossa cidade com os povos imigrantes e nós precisamos de eventos como esse que valorizem Nova Friburgo”, destacou o prefeito.
Sobre a data
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra foi instituído oficialmente pela lei 12.519, de 10 de novembro de 2011. A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares – localizado entre os estados de Alagoas e Pernambuco. Trata-se de uma comunidade formada por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras.
Zumbi foi morto em 1695, durante uma invasão do Quilombo por bandeirantes, liderados por Domingos Jorge Velho. A data de sua morte, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência e luta contra a escravidão, bem como da luta por direitos que seus descendentes reivindicam.
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