Destaques do Caderno Z em 2019

Uma seleção entre centenas de temas abordados no suplemento de fim de semana de A VOZ DA SERRA
sábado, 21 de dezembro de 2019
por Jornal A Voz da Serra
Destaques do Caderno Z em 2019

Edição 2 de fevereiro

Lembranças de Rio das Ostras, a praia dos friburguenses

Não faltam histórias sobre Rio das Ostras contadas por várias gerações de friburguenses. Foi daqui que saíram, na década de 1960, as primeiras “levas de desbravadores” daquele paraíso, então distrito de Casimiro de Abreu. Ainda que a viagem exigisse paciência, nada tirava o bom humor da turma durante o longo percurso. Marga Farah, por exemplo, lembra: “Eram quase oito horas de aventura, e mesmo assim, era uma alegria só. Uma aventura que começava na estrada Serra Mar, um atalho, na verdade, até chegar a Rio das Ostras”.  

Já Angela Schuabb lembra que a primeira vez que foi a Rio das Ostras, “saímos de madrugada da casa do meu avô. Pais, tios, primos se dividiram em vários carros. Daí, se tornou um hábito, íamos no Natal e em janeiro a gente ficava o mês inteiro”. “Voltar das férias ‘preta’ de Raíto de Sol era um luxo, revela Nubia Thedim. Para Marília Ruiz, “Rio das Ostras era como um bairro de Friburgo para os adolescentes dos anos 80. Friburgo morava na praia no verão”. Até hoje, por exemplo, há quem lembre da famosa Praia do Oi (Bosque), assim apelidada pela saudação que mais se ouvia entre seus frequentadores friburguenses: “Oi, oi, oi….” 

Edição 23 de fevereiro

É carnaval, prepare sua fantasia!

Faltam sete dias para a folia começar. Mas, em todo o país e por aqui também, Momo já está nas ruas. Os blocos começaram o “esquenta” semana passada, com os pré-carnavalescos. O que não falta é gente disposta a antecipar a festa, com grupos divertindo o público em todo lugar. O povo não esconde a ansiedade, quer ouvir o rufar dos tambores avisando que as ruas estão livres para a folia. Ao anunciar que começou a principal manifestação cultural do Brasil, o país do samba exibe para o mundo a maior festa popular do planeta. Com a pretensão de colocar ainda mais gás na animação dos nossos foliões, nós aqui também botamos o nosso bloco na rua. Nada é capaz de tirar o prazer, a vontade e a alegria de brincar o carnaval. Então, vamos sambar! 

Edição 30 de novembro

HIV/Aids, “Fale comigo abertamente!”

Neste domingo, 1º de dezembro, é o Dia Internacional da Luta contra a Aids, uma doença que matou milhões de pessoas, nas décadas de 1980/90, e ainda ceifa muitas vidas, em todo o mundo.

Sob o lema “Fale comigo abertamente”, a campanha deste ano foi elaborada em conjunto pelos escritórios regionais para América Latina e Caribe OPAS, Unaids, Unicef e pela J+LAC, com o objetivo de mobilizar profissionais de saúde para que conversem abertamente com os jovens sobre as infecções sexualmente transmissíveis (HIV e IST) sem preconceitos, nem estigma e discriminação.

A médica infectologista Délia Engel lembrou: “Hoje o tratamento é mais simples que no passado, com menos comprimidos ao dia e poucas possibilidades de efeitos colaterais. O soropositivo que faz acompanhamento regular e toma a medicação, pode ter filhos e vida normal. Isso é um grande avanço e temos que estimular o tratamento para que um dia a epidemia possa, se não acabar, diminuir drasticamente”. 

 

Edição 12 de outubro

O curioso universo infantil e as lições que nossos filhos nos dão

Crianças são curiosas, por natureza, sempre atentas às novidades. Para elas, não basta a superfície das coisas, mas o que as faz ser o que são e como são. Por que?, indagam, impacientes, sem desconfiar que estão na fase preliminar das questões com as quais vão se deparar ao longo da vida. Essa inquietação, para admiração de alguns pais, e desespero de outros, não deixa de ser estimulante: alimenta a imaginação, atiça o raciocínio, provoca questionamentos. 

E assim seguem as vidas de nossas crianças. Caminhamos lado a lado com elas, ensinando, aprendendo. Às vezes, aos trancos e barrancos, entre tempestrades e calmarias, mas seguimos, cuidando uns dos outros, fortalecendo as relações que unem mães, pais e filhos. “É preciso que os pais estejam atentos e abertos à troca. Precisam perceber as crianças e os adolescentes como indivíduos espontâneos que, no dia a dia, evidenciam nossos pontos mais frágeis ou vulneráveis e, por isso mesmo, nos motivam a melhorar”, avaliam especialistas. 

Edição 19 de outubro

Velha, não! Idosa e jovial, sim!

Estamos amadurecendo e, segundo o IBGE, já em 2020, seremos 30 milhões de idosos. Mas, se passar dos 60 anos é sinônimo de mais sabedoria, por outro lado, junto à experiência vêm os sinais do envelhecimento. Lidar de forma equilibrada com as necessidades e limitações apresentadas nesta fase da vida é fundamental para o bem estar e a qualidade de vida. Os especialistas recomendam encarar, sem dramas, as transformações inevitáveis: o idoso precisa entender o processo, aceitar a realidade e se cuidar. E só.

Reconhecer que está envelhecendo é o primeiro passo no caminho da libertação. Sim, encarar a chegada da velhice, é libertador, acreditem. Nos liberta da obrigação de ficar, indefinidamente, escondendo os sinais naturais da tal terceira, quarta ou quinta idade, como o surgimento de fios brancos e das primeiras rugas. Cabelos grisalhos, rugas, dores nas juntas, remedinhos pra isso e aquilo, faz parte, e tudo vem, a seu tempo, mas vem. Com que intensidade, vai depender da genética e do que cada um de nós fez ao longo da estrada percorrida. A idosa, se quiser, pode ser jovial!

Edição 11 de maio

Upcycling, a arte de reinventar

A prática do upcycling, também conhecido como reutilização criativa, é o processo de transformação de subprodutos, resíduos e peças inúteis, em novos materiais ou itens de melhor qualidade ou com maior valor ambiental. Essa palavrinha de origem inglesa já tomou conta do mundo fashion, levando arte e inovação para as vtirines e passarelas. 

Está na moda, em todos os sentidos, como explicou o artista plástico e estilista Geová Rodrigues, radicado em Nova York há 25 anos, em entrevista exclusiva para o Caderno Z. O termo pode ser traduzido por reciclagem, aqui usado para designar também a criação de novas peças e a geração de valores com materiais que seriam descartados. Como faz o artesão Gerardo Barreto, em projetos socioambientais, reaproveitando resíduos de confecções e gerando renda para famílias carentes. 

Edição 08 de junho

Dia dos Namorados, as várias formas de amor e de amar

A maioria de nós costuma dizer que o amor não tem fórmula: ele simplesmente acontece. Também acreditamos que o amor é um sentimento a ser vivido por todos, de todas as maneiras. Ele está em toda parte e dependendo de nosso estado de espírito, podemos senti-lo até quando ele apenas paira no ar. Seja por quem for, pelo que for. Importante reafirmar que todas as formas de amor valem a pena. Sem exceção. Quando dizemos amar, nos referimos a um misto de sensações, baseadas no respeito, admiração, atração, afeição, e … paixão. De tudo isso falam nossos entrevistados. Tem casal com 40 anos de vida em comum, casal que vive em casas separadas, jovens noivos a caminho do altar, ele jornalista e ela blogueira apaixonada por casórios, e até uma celebrante de casamentos. Santo Antônio tem trabalhado à beça.

Edição 2 novembro

Do Halloween ao Dia das Bruxas

Halloween parece coisa de americano porque os EUA se tornaram o país onde o milenar ritual de origem celta foi mais bem assimilado e consumido. É lá que o Dia das Bruxas, como é conhecida no Brasil, se manteve fiel a certos costumes, como o fato de crianças fantasiadas saírem pedindo gostosuras ou ‘ameaçando’ com travessuras. Festas e excursões temáticas são organizadas em Miami, e em Nova York tem o famoso tour “Ghost of New York”, um passeio guiado pelos lugares mais ‘assustadores’ da cidade.

Embora o Dia das Bruxas seja pouco badalado no Brasil, alguns clubes, empresas e restaurantes realizam eventos que atraem um público expressivo. São comuns ainda as festas particulares, organizadas por grupos de familiares e amigos, em suas residências. Os ambientes decorados com peças inspiradas em histórias de terror fazem enorme sucesso e garantem a diversão. 

Edição 27 de abril

Dia da Terra, salve a natureza!

Na semana em que deveríamos comemorar o Dia do Planeta Terra - 24 de abril, o bicho-homem deveria aproveitar para fazer uma reflexão sobre como vem (des)cuidando, ((des/mal)tratando a nossa “casa” e, se envergonhar. O ser humano está exaurindo os recursos naturais da Terra em uma velocidade superior ao que a natureza consegue se recompor, colocando em risco a sobrevivência das futuras gerações. E no presente, se autoflagelando com epidemias e sofrimento por todo o planeta. O alerta vem sendo divulgado, reiteradamente, por cientistas e ambientalistas. 

Apesar da falta de sensibilidade dos governantes, para muitos de nós, há esperança, como os produtores de mel, Luís Moraes, e a de alimentos orgânicos, Jovelina Fonseca. “Existem muitas formiguinhas fazendo e buscando soluções para diminuir a degradação ambiental. Precisamos é aumentar os formigueiros do bem”, ressaltou Jovelina. 

Edição 20 de julho

Nas alturas, o prazer de estar no topo! 

Em junho foi aberta a temporada do montanhismo em Friburgo. Um tour pelas principais montanhas do município, entre subidas leves a moderadas, pode ser feito por todo tipo de pessoa, sejam amadores, montanhistas profissionais, apaixonados ou simplesmente indivíduos caminhantes. Cercado por montanhas, a cidade tem em seu DNA essa prática natural, que é hoje um atrativo consolidado para os turistas, que, dependendo do fôlego, podem alcançar o topo de nossos picos. São muitas as opções, e entre elas destacamos: o Pico da Caledônia, a Pedra do Imperador, a Catarina Mãe, o Chapéu da Bruxa e o Três Picos.

Edição 3 de agosto

Dia do Capoeirista, história e cultura de um povo

Esta edição é dedicada aos capoeiristas, em homenagem à data oficial desse esporte. Considerado um esporte em ascensão, a capoeira se apresenta em diversos segmentos sociais, como centros comunitários, associações, clubes esportivos, escolas, universidades, além de academias. Importante destacar a atuação dos profissionais que desenvolvem projetos com crianças excepcionais e centros de reabilitação. É avaliada por especialistas como um valioso recurso pedagógico e artístico, considerando a beleza e a desenvoltura com que seus movimentos são realizados.

Médicos confirmam a melhora da circulação sanguínea, o desenvolvimento da coordenação motora, a estimulação da criatividade, e ainda aumento da massa muscular, da elasticidade, do reflexo, da autoconfiança e da autoestima. Estes são alguns dos benefícios que esse esporte traz a seus adeptos, além da sensação de harmonia entre corpo e espírito. 

Sua filosofia  é “contribuir para a formação de valores humanos e éticos, baseados no respeito, na socialização e na liberdade, através de trabalhos que valorizam a cultura brasileira. Tudo para fortalecer e engrandecer o capoeirista no seu caráter, dignidade e valorização pessoal”.

Por esse conjunto de benefícios, a capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, em 2008, e PCI da Humanidade, Unesco, em 2014, sob o título “Expressão viva da liberdade de um povo”. 

Edição 4 de maio

Vida de sertanejo, fogão à lenha ao som da sanfona

Desde sempre, o sertão nos emociona com suas histórias recheadas de luta, solidão e força interior, que se refletem na literatura, no teatro, artes plásticas, cinema, música. Na moda de viola, de tantas e variadas formas, ao longo de um século, a essência desse estilo musical, o “sertanejo raiz”, vem se transformando e se adaptando aos novos tempos. Porém, seu real significado e valor permanecem nas letras e melodias de compositores e intérpretes como Almir Sater, entre outros. 

Suas canções refletem a simplicidade da vida no campo, a aparente calmaria desse povo singular. Esse ambiente, descrito em verso em prosa, está lindamente cantada em “Tocando em frente”, uma parceria de Sater com outro grande nome, Renato Teixeira: “Ando devagar porque já tive pressa / Levo este sorriso porque já chorei demais / Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe / Só levo a certeza de que muito pouco eu sei / Eu nada sei!...” 

Edição 25 de maio

Trabalhador rural, de enxada na mão, a semear o chão

Por trabalharem na terra e não em escritórios, consultórios, repartições, nem trajarem terno e gravata, o trabalhador rural não costuma ter o devido e merecido respeito. Não ocorre à maioria das pessoas que é dessas mãos calejadas que provém nossa alimentação diária, composta de arroz, feijão, leite, ovos, entre inúmeros produtos que precisam ser semeados, cultivados, colhidos e embalados, para que cheguem às nossas mesas. São eles que dão conta dessa empreitada levada a cabo sob sol e chuva, desde o raiar do dia até o anoitecer, em quaisquer circunstâncias. 

Mas, foi apenas em 1964 que eles conquistaram direitos adequados à complexidade de suas tarefas. Por toda sua história e dedicação, não devemos, jamais, menosprezar o homem do campo, pois se temos o que comer é porque esses homens e mulheres plantaram e colheram. À classe trabalhadora rural, espalhada por todo o Brasil, dedicamos esta edição, dando-lhes voz e mostrando como alguns deles  vivem e trabalham, aqui mesmo, em Friburgo.

Edição 1 de junho

Anarriê! Começa a temporada das festas juninas

Junho chegou e com ele os festejos dos santos mais populares do Brasil: Santo Antônio, São João e São Pedro. A equipe do Caderno Z passou a semana tentando encontrar quadrilhas tradicionais e não encontrou nenhuma. Procuramos nos distritos de Conselheiro Paulino e Amparo, mas, infelizmente, nenhum grupo foi criado para que pudéssemos registrar os ensaios e descobrir personagens que se dedicam aos tradicionais arraiás. 

Bem que eles poderiam fazer parte do calendário da nossa cidade, já que coincidem com a chegada da época mais charmosa da serra, o inverno. As festas juninas continuam restritas às escolas e igrejas que capricham na organização das barraquinhas com delícias e as tradicioais danças e quadrilhas. 

Edição 22 de junho

Refugiados: milhões em busca de uma nova vida

O sofrimento de milhões de pessoas cujas vidas são drasticamente afetadas pela guerra e pelo exílio, é assunto recorrente  dessa tragédia. Este ano, o tema #CaminheComOsRefugiados ressalta esse drama e o que pode ser feito para ajudá-los. Há necessidades essenciais, raramente atendidas, como acolhimento, serviços de saúde, alimentação, água potável, saneamento e proteção contra a violência e os maus tratos, principalmente contra crianças e mulheres.

Com eles e por eles, sofrem famílias inteiras destroçadas pelas perdas, uns dos outros, separados pelas estradas e oceanos que enfrentam, a cada dia, ano após ano. A catástrofe provocada por esse verdadeiro êxodo nos remete a tempos imemoriais, em cenas bíblicas. Friburgo faz o que pode para amenizar, minimamente, essa crise humanitária, através da solidariedade de moradores e empresários aos refugiados que vieram para Friburgo, como os venezuelanos Milagros Ruiz e Juan Carlos Montoya, e o sírio Abdalaziz Mahmoud.  

Edição 23 novembro

Peregrinos, em busca de luz e de autoconhecimento

Peregrinação requer esforço físico, convida à reflexão e leva a algum encontro, seja consigo mesmo ou com quem quer que seja deste plano ou de outro. Tudo isso pela intensidade das vivências que um longo caminho possibilita. Existe, inclusive, um estudo sobre os efeitos que os caminhos contemplativos exercem no bem-estar e na melhoria da qualidade de vida.

Entre os peregrinos desta edição, estão o geógrafo Thomaz Morett, que contou como foi a experiência e as lições ao percorrer a pé, durante quatro dias, a trilha TransCaledônia, de Lumiar a Teresópolis. E o casal José Carlos e Lúcia Alves, que fizeram a longa caminhada de Santiago de Compostela, na Espanha, para onde Lúcia partiu em busca de autoconhecimento e do significado do Tempo.

Edição 14 de dezembro

As flores do meu jardim

A produção de flores de corte em Friburgo começou em meados do século passado, quando famílias de origem portuguesa passaram a cultivar rosas em Conselheiro Paulino. Décadas depois, o município se tornou o maior produtor fluminense de flores de corte. Profissionais como o jardineiro Luderites Macedo, que comanda a equipe que cuida dos jardins do Country Clube, contam com o clima e a exuberância da natureza de Friburgo para criar ambientes encantadores. E os friburguenses, sensíveis à beleza que nos cerca, não deixam por menos: em seus quintais e jardins, eles plantam e cuidam de seus espaços floridos, como a jornalista Elisabeth Souza Cruz, que cultiva plantas e hortaliças em sua residência.

 

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