Apesar dos esforços do governo e de voluntários, ainda há áreas que continuam isoladas em Nova Friburgo, corpos a serem encontrados e pessoas desaparecidas. As equipes de resgate e doações encontram muitas dificuldades para chegar às zonas mais isoladas, localizadas especialmente nas áreas rurais do município.
Segundo o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que está na cidade desde o início da tragédia, a demora da chegada dos bombeiros, militares e técnicos da Defesa Civil a esses locais não se deve à falta de pessoal e de equipamentos para os resgates. A seu ver, os maiores problemas decorrem da falta de comunicação fixa e móvel, que dificulta a comunicação entre as equipes de socorro e a população.
Técnicos da Defesa Civil e homens da Marinha fazem o reconhecimento das áreas mais devastadas, avaliando se é possível a chegada por terra ou somente através de helicópteros e botes.
Inicialmente, as equipes priorizaram as áreas onde existia maior possibilidade de encontrar pessoas vivas, deixando para um segundo momento os locais onde não houve nenhum tipo de chamado. Desde sexta-feira, 21, os moradores do Centro e bairros próximos não ouvem mais tantos helicópteros, pois estes passaram a priorizar mais as áreas rurais, com o objetivo de verificar a existência de sobreviventes.
Ainda existem muitas famílias procurando parentes e amigos, muitos corpos a serem retirados. Em algumas localidades, o risco de desabamentos continua grande. Um exemplo é o bairro Lazareto, onde 96 casas estão condenadas.
De acordo com a Energisa, concessionária responsável pelo abastecimento de energia elétrica no município, 97% da energia já foi restabelecida na cidade. O abastecimento de água também está voltando a se normalizar. De acordo com a Águas de Nova Friburgo, 65% do abastecimento já foram normalizados. Alguns bairros continuam sem comunicação, mas aos poucos o serviço de telefonia fixa está voltando a funcionar.
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