Depois da porteira arrombada, Estado ganhará radares para detectar tragédias

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra
Depois da porteira arrombada, Estado ganhará radares para detectar tragédias
Depois da porteira arrombada, Estado ganhará radares para detectar tragédias

Nova Friburgo e outros municípios serranos foram devastados pela maior tragédia climática do Brasil no último dia 12. Centenas de pessoas morreram e milhares de pessoas estão desabrigadas e desalojadas. Os prejuízos públicos e privados são ainda incalculáveis. Diante deste quadro caótico, após sobrevoar de helicóptero Nova Friburgo nesta terça-feira, 18, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou medidas emergenciais preventivas para evitar a repetição de fatos idênticos no futuro. Ou seja, depois da porteira arrombada. Mas, antes tarde do que nunca.

Segundo o secretário de Ambiente, o Ministério da Integração Nacional oferecerá às Defesas Civis municipais treinamento especial para atender a população que estiver em situação de risco. Dentro do pacote de soluções, está a compra de aparelhos de medição do nível da água dos rios e de dois radares meteorológicos semelhantes aos que a Prefeitura do Rio instalou recentemente, aptos a emitir alertas em caso de temporais. Minc defendeu ainda a necessidade de se oferecer treinamento à população. Segundo ele, este treinamento é para que as pessoas conheçam a melhor maneira de agir durante um desastre climático.

Os radares anunciados no pacote de prevenção ambiental custarão cerca de R$ 4 milhões e serão comprados com verba do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Um aparelho deve ser instalado na região Norte e o outro, no Sul do Estado, com capacidade de abranger todo o território fluminense. A aquisição dos equipamentos permitirá que funcionários do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) consigam monitorar, à distância, a intensidade e o avanço das tempestades.

População em áreas

de risco será retirada

A Prefeitura, Defesa Civil e Ministério Público decidiram retirar de suas casas todos os moradores de localidades que estão em classificação máxima de risco devido à possibilidade de novos deslizamentos. As remoções já começaram em cerca de 18 áreas críticas, como o bairro Alto do Floresta. O número estimado de pessoas que serão removidas é de 1,5 mil e pode aumentar de acordo com as vistorias a serem efetuadas pela Defesa Civil. Quem não concordar em sair será obrigado judicialmente a desocupar os imóveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade