Henrique Amorim
Os alunos, professores e funcionários do Colégio Estadual Galdino do Valle Filho não veem a hora das obras de reforma da escola situada na Alameda Eduardo Guinle, no Paissandu, serem concluídas para, enfim, poderem voltar às antigas instalações. Há pelo menos dois anos as aulas e toda a rotina administrativa do Galdino tiveram que ser transferidas daquele prédio devido a trincas nas paredes do segundo andar. As obras de reforma para sustentação do prédio foram paralisadas e retomadas há cerca de seis meses depois de a escola ter passado por outra reforma e ampliação dois anos antes. Atualmente o Galdino funciona num andar inteiro do Ciep Licínio Teixeira, na Via Expressa, Olaria, com turmas do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e ensino médio, além do programa Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
A professora de História do Galdino do Valle, Márcia Cristina do Nascimento, é uma das mais preocupadas com a demora na conclusão das obras. Ela observa que a redução na quantidade de alunos da escola tem sido drástica ultimamente. Dos cerca de 900 estudantes matriculados na escola antes da constatação dos problemas estruturais no prédio, quase a metade pediu transferência para outras unidades da rede estadual. "Embora o Colégio Galdino esteja no Centro e tenha a tradição de sempre atrair alunos de todos os bairros e até de alguns distritos, amarga agora uma grande baixa na quantidade de alunos. Muitos estudantes e pais acham Olaria contramão e o fato de salas de aula terem que ter sido improvisadas com tapumes de madeira numa fase inicial, muita gente preferiu optar por outras escolas”, lamenta a educadora que soma 15 anos de dedicação no tradicional colégio onde estudou na adolescência.
Estado anuncia conclusão das obras na escola para fim de agosto. Gasto total chega perto de R$ 2 milhões
A Empresa de Obras Públicas do Governo do Estado do Rio de Janeiro (Emop) informou através de sua assessoria de imprensa que estão sendo realizadas atualmente obras complementares para reconstrução do prédio do Galdino do Valle Filho que incluem as construções de paredes divisórias, instalação de pisos de alta resistência, novas instalações elétricas e hidrossanitárias e pinturas interna e externa. Os serviços consumirão R$ 1.455.492,32 da Secretaria Estadual de Educação. Outros R$ 453.336 já foram gastos com a recuperação estrutural do prédio concluída em dezembro de 2011 totalizando R$ 1.908.828,32 em investimentos na escola estadual, uma das maiores da rede em Nova Friburgo.
Ainda de acordo com a Emop, as obras no Colégio Estadual Galdino do Valle Filho tiveram início de forma parcial em janeiro de 2011 permitindo o funcionamento normal da escola no primeiro semestre daquele ano. A partir de julho de 2011, o prédio foi interditado e iniciadas as obras de reestruturação devido as rachaduras que muito preocupavam toda a comunidade escolar.
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