O delegado Henrique Pessôa, da 1ª Região Integrada de Segurança Pública e membro da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, foi o palestrante convidado do café da manhã promovido pelo Rotary Clube Suspiro, presidido pelo advogado e secretário municipal de Cultura, Roosevelt Concy. O encontro aconteceu no Hotel Schumacker, no Suspiro, na manhã de quinta-feira, 13.
Na mesa que dirigiu os trabalhos estiveram, além de Roosevelt Concy, o médico e ex-presidente, José Antônio Verbicário Carim, o advogado e presidente do Conselho Comunitário de Segurança (CCS), Carlos Alberto Braga (em homenagem ao Dia do Advogado, comemorado em 11 de agosto) e o empresário e governador do Rotary Clube, Dalton Carestiato. O presidente apresentou o delegado convidado aos demais rotarianos, adiantando que Henrique Pessôa já recebeu convites para participar dos programas de Ana Maria Braga e do Jô, ambos da Rede Globo. Nos dois casos, o delegado falará sobre intolerância religiosa.
O delegado explicou que a comissão nasceu por influência de lideranças religiosas, que procuraram pelo secretário de Segurança e pediram providências da polícia sobre casos de agressões, ameaças, depredações e outras situações praticadas em discussões teológicas e por integrantes de seitas e, segundo a autoridade policial, por membros de igrejas neopentecostais.
O delegado de Henrique Pessôa foi nomeado pelo chefe de polícia para trabalhar junto à comissão, que hoje se reúne semanalmente. Ele explicou que o maior desafio tem sido conscientizar os policiais de plantão a registrarem os casos que chegam às delegacias. “A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro é hoje referência nacional pela forma como vem agindo nos casos de depredações de centros e agressões sofridas por religiosos (em maior parte de religiões afro, como o candomblé e umbanda). Em Nova Friburgo não há casos registrados”, disse.
Um plano de proteção à intolerância religiosa foi criado com a finalidade de ampliar as discussões sobre o assunto. Hoje, segundo Pessôa, a questão ganhou lugar no curso da academia de polícia, visando a preparar melhor o policial para esse tipo de situação, cada vez mais comum. A luta tem como maior ação a caminhada contra a intolerância religiosa. “Na primeira edição tivemos cerca de 20 mil pessoas participando. Este ano, na manhã do dia 20 de setembro, esperamos reunir cem mil participantes na Avenida Atlântica, em Copacabana”, anunciou o delegado, lembrando que líderes de diversos segmentos religiosos participarão.
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