Delegado friburguense indicado a prêmio

domingo, 07 de dezembro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Delegado friburguense indicado a prêmio
Delegado friburguense indicado a prêmio

Karine Knust

É inegável que a Copa do Mundo 2014, sediada no Brasil, entrará para a história. Aliás, já entrou, e isso não se refere apenas à goleada catastrófica de sete gols da Alemanha contra um mísero golzinho da seleção canarinho ou das inúmeras denúncias de superfaturamento das obras de preparação e construção de estádios. Como já relatado na entrevista intitulada "A Copa que vencemos” — publicada no A VOZ DA SERRA na edição do dia 15 de julho deste ano — foi justamente neste mundial que um delegado friburguense comandou diversos órgãos de fiscalização e conseguiu alcançar a façanha de desvendar uma milionária máfia de cambistas que atuava há mais de uma década. 

Exatamente por ser o comandante desta ação que conquistou repercussão mundial e foi responsável pela prisão de 11 pessoas — entre elas Raymond Whelan, diretor-executivo do escritório da Match Services no Rio (representante da Fifa na venda de ingressos para a Copa) e o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, apontado como chefe do bando — é que o delegado titular da 18ª Delegacia de Polícia do Rio, Fabio Barucke, foi indicado ao "Prêmio Faz Diferença” do jornal O Globo. Um tributo reconhecendo o esforço dos brasileiros que, em suas áreas, serviram de inspiração para o país e fizeram história. 

Fábio participa na categoria "Rio” e disputa o prêmio com os alunos da Escola Carolina Patrício, que rasparam a cabeça em homenagem à professora de português e literatura Norma Ribeiro do Carmo, que descobriu ser vítima de um câncer; e Fiorella Solares, uma violoncelista responsável pela ONG Ação Social pela Música, que trabalha com jovens e crianças de comunidades carentes. Para votar no friburguense — que é filho do advogado e ex-juiz criminal de Nova Friburgo José Gandur Helayer Barucke — basta acessar o link "Prêmio Faz Diferença” no site do Jornal O Globo, escolher a categoria "Rio” e clicar na foto de Fábio Barucke, até o dia 11 de janeiro de 2015.

 

Relembre o caso 

Batizada de Jules Rimet, a operação deflagrada no dia 1º de julho deste ano foi criada pela Polícia Civil do 18ª DP do Rio de Janeiro e tinha como objetivo investigar um possível esquema de venda ilegal de ingressos. Comandada por Fábio Barucke, a investigação conseguiu chegar a uma quadrilha internacional de cambistas que já atuava há pelos menos uma década e tinha a intenção de faturar mais de R$ 200 milhões com vendas de ingressos para os jogos da Copa do Mundo no Brasil. Com o auxílio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e com a ajuda de diversos órgãos de fiscalização nacionais e internacionais, a polícia conseguiu prender 11 pessoas, entre elas Raymond Whelan, diretor-executivo do escritório da Match Services no Rio (representante da Fifa na venda de ingressos para a Copa) e o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, apontado como chefe do bando. 

De acordo com matéria publicada no jornal "O Globo” em 26 de novembro deste ano, 10 dos 11 acusados presos na operação receberam habeas corpus.

  

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