(SECOM) A Defesa Civil de Nova Friburgo está participando da “Campanha Mundial para Redução de Desastres”, ou Cidades Resilientes, promovida pela ONU, sendo a 15ª cidade brasileira a se inscrever nessa campanha de nível internacional. A Defesa Civil também inova em relação aos alertas de SMS que são disparados para os moradores dos locais que estão em área de risco.
De acordo com o tenente-coronel João Paulo Mori, da Secretaria de Defesa Civil, “essa campanha vai nos ajudar a ter visibilidade, tanto do governo municipal, como da Defesa Civil, mostrando ao mundo que nós estamos trabalhando para que Nova Friburgo seja uma cidade resiliente”.
A Construção de Cidades Resilientes se baseia nas prioridades estabelecidas no Marco de Ação de Hyogo, para 2005-2015, entre elas, o aumento da resiliência das nações e comunidades frente aos desastres. Segundo Mori, “as cidades têm até 2015 para estarem preparadas para possíveis desastres e para que saibam como agir diante de uma situação de risco como, por exemplo, um evento climático. Para isso, são realizadas palestras nas comunidades e escolas, criamos um sistema de alerta-alarme, executamos simulados com as comunidades, que, infelizmente, não têm participado muito”.
Os alertas através de SMS são gratuitos, diz Mori, e já contamos com mais de 5 mil pessoas inscritas, que recebem alertas oficiais da Defesa Civil, quando se aproxima uma chuva ou tempestade. Esses alertas são enviados antecipadamente, para que a população fique atenta e para que tenha certeza de que não se trata de boato. Nós temos certeza de que ninguém mais faz isso. Fizemos uma parceria com a Procity, diz ele, que é uma empresa de Nova Friburgo, que nos cedeu de forma gratuita o software. A parte operacional é nossa.
O concurso da ONU está patrocinando duas coisas: a cidade resiliente e esse prêmio em Defesa Civil, que trata de inovações nessa área. Então, fizemos a inscrição para essa “Campanha Mundial para Redução de Desastres”, da ONU, que terminou no dia 31 de agosto. “Nós estaremos competindo com 50 propostas de toda a América Latina e somente três serão selecionadas. Esse mesmo processo ocorrerá em outros países de todo o mundo, até que uma seja selecionada e isso nos dará uma enorme visibilidade, além de ser uma possibilidade de nós mostrarmos que essa ideia gerada por nós poderá ser útil para outras comunidades”. Segundo João Paulo, esse sistema já existe no Rio de Janeiro, mas não é tão completo como o daqui, em que há uma divisão de lugares, como por exemplo: enviar SMS só para Olaria ou só para o Cônego, ou ainda, só para o pessoal da Saúde ou Bombeiros. Quer dizer, com o nosso sistema, nós podemos mandar alertas para grupos específicos. Nós montamos perfis e alertamos os lugares onde há maior iminência de chuva forte sem criar pânico no resto da cidade, diferentemente do Rio de Janeiro, onde o alerta é enviado para toda a cidade. O nosso alerta por SMS se diferencia por isso.
Para participar do concurso da ONU, diz Mori, nós tivemos que preencher todo o questionário (inclusive o prefeito Sérgio Xavier, que assinou e enviou o ofício), falando não só do que aconteceu na cidade, mas o que nós já fizemos para Nova Friburgo se tornar uma cidade resiliente, que é aquela que consegue retornar à normalidade no menor tempo possível. É como o efeito da mola, explica, pois ela estica e volta ao ponto anterior, e a mola é um objeto em resiliência. A cidade que sofre uma tragédia deve ter a capacidade de voltar ao que era antes; voltar à normalidade por si só.
Em Nova Friburgo, diz Mori, a resiliência está bem adiantada, pois parte do que nós tínhamos que fazer já estava sendo feita. “Grande parte do que é exigido para que uma cidade seja resiliente nós já temos, que são as palestras, os simulados e os alertas”, completa.
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