O alerta de chuvas agora vem do computador. Através da página da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla) na internet, a Defesa Civil de Nova Friburgo se mantém informada em tempo real do nível das águas dos rios Bengalas, Santo Antônio, Cônego e do córrego Dantas, através de cinco estações meteorológicas instaladas nas margens destes rios e outra estação pluviométrica (que mede a intensidade das chuvas) instalada no pico do Caledônia. O auxílio eletrônico permite à Defesa Civil avisar as famílias residentes nas áreas de risco e mais vulneráveis a enchentes sobre a possibilidade de transbordamento dos rios, e também alertar motoristas e população para evitar as áreas de alagamentos.
As estações, que se assemelham a réguas às margens dos rios, estão instaladas no Santo Antônio, na altura do Bairro Ypu; no Bengalas, em frente ao Clube de Xadrez, no Centro, e no Prado; no Rio Cônego, na altura do bairro de Olaria; e em Córrego Dantas. A Defesa Civil recebe ainda informações em tempo real sobre o volume de chuvas previsto para o município. As estimativas da quantidade de chuvas podem ser conferidas também pela população na página da Prefeitura na internet (www.pmnf. rj.gov.br), através do link Defesa Civil.
No boletim eletrônico são relacionadas também as ocorrências registradas pela Defesa Civil em todo o município. Só nos oito primeiros dias deste mês o órgão já registrou 20 ocorrências devidas às chuvas, com a interdição de quatro imóveis na Alameda dos Escoteiros, no distrito de Mury, próximo ao Sítio Azul, na última quinta-feira, 8, quando choveu aproximadamente 20 milímetros em apenas uma hora em alguns pontos do município. As famílias impedidas de voltar para casa foram alojadas em residências de familiares e vizinhos. Uma delas será transferida para uma casa a ser alugada pelo município.
Município tem 12 áreas de risco mais críticas
O novo coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Roberto Robadey, conta também com a parceria do Conselho das Associações de Moradores de Nova Friburgo (ComAmor), que ajuda a alertar as famílias das áreas de risco a deixarem suas casas em caso de chuvas fortes. Atualmente a Defesa Civil tem catalogadas 12 áreas de risco com maior possibilidade de serem atingidas por deslizamentos de encostas, principalmente em Olaria, Loteamento Barroso (Olaria), Cordoeira, Vilage, Lazareto, Floresta, Alto do Floresta e loteamentos Progresso e Formigão, no distrito de Riograndina. Nesses locais podem ser afetadas 4,8 mil pessoas em 1,2 mil casas.
As obras de contenção das encostas suscetíveis a deslizamentos, inclusive, já estão relacionadas no Plano Municipal de Redução de Riscos, elaborado após a tragédia das chuvas de janeiro de 2007, que mataram 11 pessoas e deixaram centenas de desabrigados e desalojados. As obras estão orçadas em cerca de R$ 18 milhões e para serem realizadas dependerão de parcerias da Prefeitura com os governos estadual e federal. A Defesa Civil possui ainda um mapeamento das escolas, creches e igrejas que podem servir como abrigos em caso de deslizamentos. O órgão possui ao todo um efetivo de 18 pessoas, só que a cada plantão é destacada apenas uma equipe de quatro técnicos, permanecendo as demais três em sobreaviso, caso haja novas ocorrências.
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