Em 2010 quando fazia parte dos grupos de trabalho da Defesa Civil estadual, Cel. Marrafa encaminhou juntamente com outros coordenadores um plano de contingência para a Região Serrana à superintendência operacional de Defesa Civil Estadual. O estudo já apontava as ameaças de desastres e o grau de vulnerabilidade a desastres e a definição das áreas de maior risco, com o objetivo de otimizar as ações de resposta aos desastres.
Foram nove meses de trabalho. O plano continha além de dados do município, pontos georeferenciados que facilitariam a identificação das áreas vulneráveis.
Em janeiro, o maior desastre natural já visto no Brasil devastou a Região Serrana—os mesmos municípios que já vinham sendo estudados como área de risco.
Após o desastre, a constatação foi de que a Região Serrana realizou investimentos pífios em sistemas de defesa civil nos anos anteriores à tragédia das chuvas. Esta também foi uma das conclusões que chegou a CPI da Região Serrana, feita pela Alerj.
Segundo o relatório da CPI, o município que mais investiu nos últimos seis anos foi Nova Friburgo, que aplicou apenas 0,33% do orçamento em prevenção e formatação de planos de emergência.
O relatório da comissão conclui que nenhum dos municípios tem estruturado um sistema de defesa civil que envolva união, estado e municípios e que não havia plano de contingenciamento e não havia sistema de alerta.
A defesa civil prestava-se apenas ao socorro das vítimas, quando deveria funcionar na prevenção e no alerta. A falta de políticas de uso do solo, que permitiu a ocupação de áreas de risco, também foi criticada no relatório.
Ten. cel. Marrada é bombeiro reformado e esteve à frente da defesa civil de Nova Friburgo por sete anos, durante a última gestão. Ele é o convidado do programa cidade real da próxima semana e será o entrevistado de Zury Maurer para falar dos baixos recursos do órgão, das medidas indicadas e que não foram cumpridas, da subordinação da secretaria e de suas avaliações para o desastre ocorrido e do despreparo da Defesa Civil caso haja uma nova tragédia.
Para participar o telespectador pode enviar ao vivo sua pergunta, pelo e-mail programacidadereal@gmail.com ou pelo telefone 2519 2003, o programa convida a todos que se antecipem enviando sua participação.
O programa vai ao ar ao vivo, às 22h, numa emissora local. Durante toda semana o programa é reprisado em diversos horários.
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