Defensoria impetra ação civil pública em face de bancos e sindicato dos vigilantes

sexta-feira, 29 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Nesta sexta-feira completam-se 35 dias que os vigilantes estão em greve, prejudicando sensivelmente a população friburguense, principalmente em função do não atendimento ao público na rede bancária, impedindo, por exemplo, o recebimento de benefícios, especialmente pelas pessoas e empresas diretamente atingidas na tragédia de janeiro. Inúmeras são as reclamações desde o início do movimento que, apesar de legítimo direito da categoria, vem atingindo todas as classes sociais da comunidade friburguense.

Desta forma, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, através do Núcleo de 1° Atendimento, impetrou uma ação civil pública em face de vários bancos e o sindicado dos vigilantes.

Nota expedida pela Defensoria sobre a greve dos vigilantes

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, através das Defensoras do Núcleo de 1° atendimento, informa a propositura de ação civil pública em face dos Bancos Itaú, Unibanco, Banco do Brasil, Santander, Bradesco, HSBC e do Sindicato dos Vigilantes e Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância, Transporte de Valores, Prevenção e Combate à Incêndio, Cursos de Formação e Similares ou Conexos no Município de Nova Friburgo. A necessidade da referida ação adveio da greve impetrada pelos vigilantes das referidas instituições, o que vem prejudicando a rotina bancária e, consequentemente, aqueles que necessitam do normal funcionamento dos bancos para que possam receber, por exemplo, aposentadorias, aluguel social, FGTS, enfim, proceder com suas atividades cotidianas.

Embora seja reconhecida a legitimidade da referida greve, motivada pela busca por melhores condições de trabalho pelos vigilantes bancários, não se pode negar que direitos outros, de maior vulto, posto que coletivos abrangendo a maioria dos contribuintes, estão sendo lesados em nome de tais reivindicações. Muitas pessoas, em especial aquelas que dependem diretamente de benefícios que somente podem ser acessados por instituições bancárias, estão a quase 1 (um) mês impossibilitados de sacarem tais valores.

Embora os efeitos devastados da catástrofe que se abateu no Município de Nova Friburgo no mês de janeiro do corrente ano ainda não tenham se esgotado, no momento presente o povo friburguense vivencia outro desastre, agora decorrente da greve dos vigilantes bancários, e que mais uma vez prejudica a vida do cidadão local.

Em razão da função institucional da Defensoria Pública de zelar pela efetivação dos direitos fundamentais, não restou outra opção, diante do quadro fático de caos e abandono, a não ser a impetração da referida demanda coletiva visando ao restabelecimento da ordem na prestação dos serviços bancários.

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