De chefe de torcida a presidente do Friburguense: este é Vagner Faria de Souza, eleito terça-feira

quarta-feira, 07 de novembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
De chefe de torcida a presidente do Friburguense: este é Vagner Faria de Souza, eleito terça-feira
De chefe de torcida a presidente do Friburguense: este é Vagner Faria de Souza, eleito terça-feira

O radialista Vagner Faria de Souza é o novo presidente do Friburguense para o triênio 2013/2015. Ele foi eleito na noite de terça-feira, numa eleição em que concorreu com o ex-jogador Hideraldo de Andrade Santarém. “Um momento histórico. Ninguém faz nada sozinho. Vocês são dois jovens que escreveram hoje sua história no clube. O Friburguense é um clube de futebol, mas temos que tratar bem o social, as mulheres que vem aqui, os frequentadores da sauna, os funcionários, etc. Fico emocionado quando vejo esta galeria de ex-presidentes. Tive muitas divergências com o Deccache, mas aprendi muito com ele. A preparação começa agora e estejam certos de que é muito difícil. Façam do clube a extensão da casa de vocês, porque é no Friburguense que vocês vão fazer sua história”, disse o atual presidente Raul Marcos Pires Gonçalves, que comandou o clube por seis anos em dois mandatos consecutivos. 
Mas, realmente, é um momento histórico por dois motivos: os dois candidatos são amigos, participaram de uma campanha eleitoral de alto nível e o pleito transcorreu na véspera da viagem do Friburguense para o Japão, onde permanece até dia 25 para um período de três amistosos e viabilização de intercâmbio esportivo e cultural entre os dois países.  
Dos 58 sócios com direito a voto, 12 não compareceram, oito votaram em Hideraldo e 38 em Vagner Faria. “Não há perdedor nem ganhador, não interessa o número de votos que cada um recebeu. O Friburguense está acima de qualquer quantidade de votos e vocês dois participaram de uma eleição onde quem ganha é o clube. Ambos estão de parabéns porque colocaram seus nomes à disposição para a análise dos sócios, coisa muito difícil de acontecer hoje. As críticas serão constantes, mas vocês devem ter discernimento para revertê-las”, sugeriu o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Figueira.
Outro fato histórico: Vagner Faria é o primeiro torcedor que chega à presidência de um clube de futebol no Brasil. Ex-jogadores já chegaram ao posto maior e o exemplo mais recente é Roberto Dinamite, ídolo do Vasco da Gama. Mas um ex-chefe de torcida é fato inédito. O 46° presidente do clube tomará posse entre os dias 1º e 8 de dezembro, a data oficial que será marcada após o retorno do time de futebol do Japão.
 PERFIL – Vagner Faria de Souza começou sua caminhada como torcedor, apaixonado pelo tricolor. Foi um dos primeiros integrantes da Garra Friburguense, torcida fundada pelo radialista Fernando Bonan, hoje chefe da equipe esportiva da Rádio Nova Friburgo AM. Foram 10 anos, de 1979 a 1989, acompanhando o clube dentro do Estádio Eduardo Guinle, viajando para torcer pelas três cores, sofrendo com as derrotas e se alegrando com as vitórias, passando por momentos de tensão, como na queda para a segunda divisão em 2010.
 Em 1989, convidado por Fernando Bonan, Vagner deixou a torcida e foi trabalhar como plantonista de esportes na equipe da Rádio Friburgo, onde ficou até o fim de 2008. Naquele mesmo ano de 1989, integrou o quadro associativo e recebeu do saudoso presidente José Lourenço Valle da Silva, sua primeira carteirinha de sócio do Friburguense. Em 2009, foi eleito presidente do conselho deliberativo e no primeiro semestre deste ano passou o cargo para Marcelo Figueira.
Sobre a composição da diretoria, ele só vai revelar os nomes no dia da posse e entre as prioridades a principal delas é manter o Frizão na primeira divisão (estadual), apoiar o departamento de futebol e fazer um grande time para a disputa do Campeonato Estadual de 2013.
 A mesa que dirigiu os trabalhos foi composta por Fabrício Stutz (vice-presidente do conselho deliberativo); Marcelo Figueira (presidente); Edmilsom Debossan (secretário).          
JAPÃO - Ontem, dia 7, às 19h, o time de futebol profissional embarcou para o Japão, onde permanecerá até o dia 22 para um período de três jogos amistosos e intercâmbio cultural e esportivo.  A delegação que viajou foi: 
Goleiros: Adilson e Afonso 
Laterais: Sérgio Gomes e Flavinho 
Zagueiros: Cadão e Diego Guerra 
Volantes: Bidu, Lucas e Zé Victor 
Meias: Jorge Luiz, Marcelo, Gleison, Elan, Victor Hugo e Marquinhos 
Atacantes: Rômulo, Ziquinha, Dener e Toshyia 
Comissão técnica: 
Gerson Andreotti (técnico), Adriano (preparador de goleiros), Paulo Cesar Fagundes (preparador físico), Miltinho (roupeiro), Dr. Hélio (médico) e José Eduardo Siqueira (gerente de futebol). 


Resgatando o passado

NELSON SPITZ

Advogado, natural de Nova Friburgo, nascido no 5° distrito de Lumiar, em 12 de julho de 1938, lá começou a dar seus primeiros chutes. Logo depois, sua família se mudou para a Rua Moisés Amélio e Spitz foi estudar no Colégio Cêfel. Em 1952, ingressou no time infantil do Esperança, onde foi campeão. Passou para a categoria juvenil e voltou a ser campeão.
Foi requisitado para as equipes de aspirantes, subiu para o time principal em 1957, onde teve oportunidade de conviver com grandes craques como: Barbosa, Carlito, Félix, Cikci Piculino, Cléo, Agnaldo, Chiminga, Sinésio, Nilton, Telesca, Pardal e tantos outros que passaram pela equipe alviverde de Vila Mariana.
Em 1958, foi contratado pela equipe do Canto do Rio que era profissional e disputava o concorrido Campeonato Carioca. Spitz jogou nos times aspirante e principal, se destacou como um grande lateral direito e foi logo negociado com o Curvello, equipe que foi promovida para a 1° divisão  do Campeonato Mineiro, onde permaneceu entre 1959 e 1962.
Mas, Spitz optou por fazer faculdade de direito, um velho sonho. Abandonou o futebol profissional e continuou jogando, sem compromisso clubístico.
Voltou a Nova Friburgo e passou a desenvolver atividades profissionais. Assumiu a direção de esportes do Esperança e várias funções ao longo dos anos, sempre na equipe de seu coração.
Até hoje, após 33 anos de extinção do clube verde, ainda nutre um sentimento de cumplicidade com suas raízes.
Assim é Nelson Spitz, homem de muitos amigos. É simples, não afastou-se do esporte local e jamais esqueceu de um passado salutar em seu envolvimento esportivo.

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