Damião e Verly: vereadores do PT e do PSDB mostram suas razões para votar em Dilma ou Aécio

Cláudio Damião: São dois projetos absolutamente antagônicos. Basta lembrar que o mundo perdeu centenas de milhares de empregos na esteira do modelo neoliberal, que o outro candidato a presidente defende. Não foi o nosso caso, pois o governo do PT apostou no desenvolvimento social, na indústria nacional, na educação superior, na geração de emprego e melhoria dos salários e na desoneração de vários setores produtivos. Cerca de 30 milhões de brasileiros puderam ter acesso a serviços que antes não tinham. Subiram na escala social. Mais de 50% dos lares hoje têm acesso à internet. Muitas pessoas puderam comprar, reformar e mobiliar as suas casas, comprar carro, viajar. Um país não alcança justiça social se não fizer redistribuição da sua renda. O Brasil ficou livre do FMI, reduziu juros, desemprego, dívida externa. O outro projeto prevê o retorno ao modelo neoliberal já vencido e corroído, quando o país quebrou três vezes em oito anos. Basta puxar um pouco pela memória ou consultar a internet para lembrar que no passado queriam acabar com os direitos trabalhistas, férias e 13º salário...

Marcelo Verly: A consolidação de nossa democracia requer a alternância de poder, e não a hegemonia de um grupo político. Esse é um primeiro aspecto. Por outro lado, desde a trajetória de seu avô Tancredo, Aécio se fez sempre presente na história política brasileira, nunca se omitindo ou se posicionando de forma contrária aos interesses nacionais. Realizou excelentes gestões à frente da Câmara dos Deputados e no Governo de Minas, com mais de 90% de aprovação. Fez em Minas a melhor educação fundamental do país, e a saúde pública é considerada a melhor do Sudeste. A infraestrutura de transportes, energia, telecomunicações e outros setores também se posiciona acima da média nacional. Aécio propõe gastar menos com o governo e mais com as pessoas, aplicando em saúde, educação, mobilidade, segurança e diversas outras áreas. Por sua vasta experiência, reúne condições reais para realizar ampla reforma política, incluindo o fim da reeleição para os cargos executivos, que passaria a ter mandato de cinco anos. E a simplificação e redução tributária, cuja elevada carga prejudica a geração de empregos de qualidade. 

Damião: Nenhum outro governo investiu tanto aqui: casas populares, creches, contenção das margens do rio e de encostas. Todos os recursos do governo federal foram significativos no período da tragédia, além da presença da Presidente Dilma na cidade. Há muitos anos não havia um projeto de habitação popular em Nova Friburgo. No campo educacional temos a UFF, o Cefet. Aliado a isso, o Comperj será um grande espaço de geração de emprego para os jovens engenheiros que se formarem aqui, e tantas outras profissões. O atual projeto de desenvolvimento deu foco ao conteúdo nacional, com a construção de navios e plataformas no Brasil, diferente do que víamos antes, onde se gerava emprego fora do país. Com isso o Estado do Rio alcançou outro patamar de desenvolvimento e renda garantido a absorção dos que aqui se formam nessa nova frente de trabalho, antes escassa. Cerca de 15 mil pessoas são atendidas pelos projetos de transferência de renda do governo federal em Friburgo. Não fosse isso, qual seria a condição de vida dessas pessoas e das crianças que são diretamente afetadas devido à pobreza?

Verly: Em Friburgo Aécio já foi escolhido como o mais preparado no 1º turno. A continuidade dos investimentos no município será a primeira meta a ser alcançada. Por outro lado, analistas apontam que o ano de 2015 será difícil já que vivemos o que chamam de estagflação: baixo crescimento econômico (previsão de menos de 1% em 2014) e crescimento da inflação (que no bolso dos brasileiros é muito maior que nas estatísticas). Superada a fase de arrumação da casa, acredito que o fortalecimento das estruturas dos órgãos federais na região, o estabelecimento de parcerias entre governos federal, estadual e dos municípios serranos e do centro-norte, em especial voltadas aos problemas da saúde e mobilidade, bem como desenvolvimento de ações voltadas ao emprego e renda, será buscada incessantemente. O PSDB friburguense se empenhará junto à nova gestão para ampliar vagas em universidades e instituições federais de ensino superior na região, bem como o fortalecimento de mecanismos de financiamento universitário que, pelo nosso desenvolvimento como cidade universitária, precisam ser cada vez mais estimulados.