D. Edney sensibiliza católicos pela recuperação da cidade nos festejos de Semana Santa

As atividades da Semana Santa registraram a presença de grande número de fiéis
terça-feira, 26 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra
D. Edney sensibiliza católicos pela recuperação da cidade nos festejos de Semana Santa
D. Edney sensibiliza católicos pela recuperação da cidade nos festejos de Semana Santa

José Duarte

 

A Semana Santa terminou com as celebrações da Páscoa, no domingo, 24. Durante uma semana católicos do mundo inteiro se recolheram para rezar, renovar a fé seguindo os passos de Jesus Cristo, desde sua prisão e condenação, passando pelo martírio e morte na cruz e a ressurreição. Na Catedral São João Batista, igreja-mãe da Diocese de Nova Friburgo, o bispo d. Edney Gouvêa Mattoso presidiu todas as cerimônias. Ele lembrou vários aspectos da missão dos cristãos, principalmente o sentido de união, que leva à responsabilidade da reconstrução de uma nova Nova Friburgo.

No domingo de ramos, que representa a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a cerimônia começou com a bênção dos ramos no coreto da Praça Getúlio Vargas, seguindo-se a procissão dos ramos até a catedral. Na homilia, o bispo frisou: “Aproveitando a ressurreição de Jesus Cristo, já está na hora de terminar o luto e partirmos para um tempo de reconstrução, para reconstruirmos a cidade juntos. Me entristeço e sinto muito pela morte de tantas pessoas, mas com a Páscoa é chegado o momento de colocar fim ao luto e partir para a reconstrução. Nova Friburgo depende de todos nós, cristãos”. Na procissão do encontro, que marca o encontro de Jesus com sua mãe, Maria, durante o trajeto de Jerusalém até o Monte Calvário, onde foi crucificado, novamente o tema abordado foi a ressurreição de todos como cristãos.

Nos três dias seguintes seguiu-se, respectivamente, a Via Sacra, na praça, e o retiro comunitário, quando, durante a liturgia, os presentes foram sensibilizados da importância do jejum e abstinência, renunciando ao pecado, baseado na fragilidade humana. A missa do crisma, na manhã de quinta-feira, reuniu todos os padres da Diocese em torno do bispo. É o momento que os sacerdotes renovam as promessas sacerdotais e o bispo benze os santos óleos usados nas cerimônias de batismo, crisma e unção dos enfermos. À noite, d. Edney presidiu a missa do lava-pés e a instituição da eucaristia. Ao lavar os pés de 12 pessoas ele relembra o gesto de Jesus Cristo, lavando os pés dos apóstolos. Esta missa simboliza também a instituição da eucaristia. Após a missa, o altar é desnudado, o Santíssimo Sacramento é colocado em local de destaque e segue-se luto e silêncio com a vigília eucarística, que termina à meia-noite e prossegue no dia seguinte, das 6h às 15h, quando começou a liturgia da cruz.

A procissão do Senhor morto relembrou os últimos passos de Jesus na Terra. Na volta, ao chegar à Praça Dermeval Barbosa Moreira, o bispo e os padres refletiram as palavras proferidas por Jesus: "Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem” (monsenhor Alex Paiva Ribeiro); “Em verdade, eu te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (padre Gelcimr Petinati Celeste); “Mulher, eis aí teu filho, olha aí tua mãe” (padre Marcus Vinícius); “Eli, Eli, lama sabachthani” (padre Severino Correa da Silva); “Tenho sede” (padre Sergio Vitorino da Silva); “Tudo está consumado” (padre João Paulo de Britto); “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (d. Edney).

Durante sua reflexão, novamente d. Edney Mattoso voltou a falar na reconstrução da cidade. “Podemos reconstruir a cidade, podemos conter as encostas, mas as vidas que se foram ninguém mais vai restituí-las. Vamos declarar encerrado o nosso luto por uma cidade que precisa ser alentada pelo Cristo ressuscitado, que está no meio de nós. Como vosso bispo e pastor eu elevo minha súplica: Pai, recebe em tuas mãos esses nossos queridos irmãos e irmãs”, destacou d. Edney.

No sábado santo, 23, d. Edney presidiu a vigília pascal, uma das liturgias mais longas da igreja católica, porque tem oito epístolas, o Evangelho, cinco salmos, um responsório, ladainha dos Santos, canto da aleluia e bênção da água batismal de renovação das promessas batismais. A cerimônia começou na Praça Dermeval Barbosa Moreira, com a bênção do fogo novo, e seguiu até a catedral. Após a missa, que durou pouco mais de três horas, aconteceu a procissão da ressurreição no entorno da praça. Em sua reflexão, o bispo diocesano disse: “Tudo começa lá fora, com a bênção do fogo novo. É a luz de Cristo que nos ilumina com seu brilho e nos faz entrar na morada de Deus. A luz que nos faz entrar no santuário de Deus através do batismo. O círio pascal é a figura do Cristo ressuscitado, que nos convida a enunciar ao pecado. A vida brota de onde surgiu a morte. O luto que cobria a humanidade e o véu que nos separava do amor de Deus é sinal de que a Páscoa é nosso momento de ter esperança e de participar do triunfo de Jesus”, finalizou o religioso.

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TAGS: Dom Edney Gouvêa Mattoso | Semana Santa | Páscoa | religião
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