Curso da Embrapa ensinará agricultores a produzir adubo orgânico 100% vegetal

segunda-feira, 12 de agosto de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Curso da Embrapa ensinará agricultores  a produzir adubo orgânico 100% vegetal
Curso da Embrapa ensinará agricultores a produzir adubo orgânico 100% vegetal

Os adubos orgânicos, em sua maioria, utilizam esterco bovino e cama de aviário, que além de difícil obtenção e custo elevado geralmente apresentam problemas de contaminação química e biológica. A Embrapa Agrobiologia desenvolveu uma tecnologia para produção de adubos e substratos orgânicos de origem 100% vegetal, utilizando materiais como torta de mamona, bagaço de cana e palhada de capim-elefante, sem a necessidade de adição de inoculantes ou adubos minerais. Na próxima terça-feira, 13, das 8h às 16h, estudantes, técnicos e agricultores da Região Serrana terão a oportunidade de aprender a produzir este composto no curso que será realizado na sede do Núcleo de Pesquisa e Treinamento de Agricultores de Nova Friburgo (NPTA), na localidade de Santa Cruz.

O curso será ministrado pelo pesquisador da Embrapa Agrobiologia Marco Antônio Leal, que desenvolveu a tecnologia. Segundo Leal, os fertilizantes orgânicos e substratos obtidos a partir deste processo apresentam qualidade superior aos similares encontrados no mercado e podem ser utilizados também na agricultura orgânica. "Esses produtos são isentos de contaminação biológica, não utilizam adubos minerais e o seu custo pode ser muito inferior. Além disso, podem ser produzidos tanto em grande escala como na pequena propriedade rural, já que utiliza um processo industrial simples, que não necessita de grandes investimentos em infraestrutura”, complementa Leal. 

Quem desejar obter mais informações sobre o curso pode ligar para 2525-9208.


Compostagem: matéria orgânica se transforma em adubo natural

A compostagem é um processo natural onde os resíduos da propriedade passam por uma transformação biológica e tornam-se fertilizantes orgânicos ou húmus. Neste processo biológico há uma decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. O resultado final da compostagem é o composto orgânico, que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente. 

Os principais benefícios da compostagem são: estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo; aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a erosão; mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo (pH);dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas invasoras (daninhas); ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de microorganismos benéficos às culturas agrícolas. 

Esta técnica pode ser utilizada não só para nutrir o solo, mas também como forma de reciclar o lixo orgânico – esterco do gado, palhas, galhos, folhas de árvores etc. 

A compostagem envolve transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono. A Embrapa Agrobiologia vem estudando maneiras de tornar a compostagem ainda mais eficiente. Para isto, é necessário satisfazer certos requerimentos relacionados aos fatores que influenciam a atividade microbiana do solo, como temperatura, umidade, aeração, pH, tipo de compostos orgânicos existentes e concentração e tipos de nutrientes disponíveis. Esses fatores ocorrem simultaneamente, e a eficiência da compostagem baseia-se na interdependência e inter-relacionamento dos mesmos. 

 


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