O Programa do Artesanato Brasileiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, encerrou na sexta-feira, 28 de outubro, o curso que durou uma semana no salão da Secretaria Municipal de Cultura. O programa é levado adiante através de parceria com estados e municípios. O curso, realizado em Nova Friburgo com 35 participantes, na grande maioria mulheres, integrou a terceira leva de capacitações em artesanato pelo Brasil.
De acordo com o instrutor Luís Fernando Celestino da Costa, do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília, foi a primeira vez que o programa realiza um curso desta natureza em Nova Friburgo, atendendo à demanda dos artesãos da cidade e região (tendo contado com uma participante de Petrópolis).
O curso foi iniciado na segunda-feira, 24 de outubro, ministrado por Luís Fernando e Maria do Rosário Rabello, artesã do Estado de Mato Grosso, que atua como multiplicadora do programa. O objetivo do curso é agregar valor ao artesanato, valorizar a identidade cultural das regiões e orientar o artesão sobre negócios—“visão empreendedora”. Foi conferido certificado de conclusão do programa aos participantes.
O curso foi focado na parte metodológica—de forma que os artesãos não ficassem apenas com ouvintes, e sim pusessem mãos à obra todo o tempo, com atividades dinâmicas. Alguns já tinham visão de negócios, outros faziam do artesanato apenas uma segunda alternativa para complementação de renda, além daqueles pouco iniciados nessa arte, embora todos já estivessem trabalhando de certa forma com artesanato. O curso propiciou meios e ferramentas para que cada um desenvolvesse suas habilidades, porém o desenvolvimento dependeu de cada aluno.
Um dos módulos tratou de associativismo e cooperativismo, o que foi muito apreciado e aceito pelos participantes—que foram instigados a se unir por perceber que o coletivo tem poder maior que a atividade individual.
A Secretaria Municipal de Cultura entrou na parceria cedendo o espaço, equipamentos e transporte dos instrutores. O secretário Roosevelt Concy elogiou a iniciativa inédita. Disse que o curso proporcionou aos artesãos enxergar as exigências do mercado, a inovação dos artigos, planejamento, consciência ambiental (o que tem sido destaque no mercado), capacitação, aperfeiçoamento profissional e ação coletiva.
Roosevelt acentuou a valorização do artesão com o curso, fundamental para o aumento da produtividade e qualidade dos produtos desenvolvidos, além do incentivo à economia criativa e ao talento do artesão friburguense.
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