Assisti, por pura casualidade, em praça do bairro do Flamengo, onde resido, um culto em homenagem a Ernesto "Che" Guevara pela passagem da data natalícia do malogrado guerrilheiro. Os jovens todos com a indefectível boina e camiseta com a imagem do personagem da historia cubana contemporânea. Pelo vocabulário entendi que se tratava de jovens universitários e que Guevara era, parecia, o ícone de alguma entidade associativa. A observação sobre a data natalícia deduzida pelos cartazes que explicavam a cerimônia. A curiosidade me deteve e escutei as arengas estudantis sobre a importância de Guevara "na luta pela libertação dos povos oprimidos" pelo exemplo e pelo sacrifício.
Estão mal-informados aqueles jovens e intoxicados por chavões do marxismo-cubano que transformou um genocida acabado em mártir revolucionário e não é de estranhar que tipos como Guevara sejam louvados e apontados, com pinceladas de heroísmo, altruísmo e abnegação. Adolfo Hitler, Benito Mussolini, José Stálin, Duvalier, Perón, Stroesner, e os atuantes Abidinejad, Kadàfi, Mubarack e Che Guevara integram uma lamentável galeria de genocidas e a História vai colocando cada um no devido lugar como elementos que, no poder, apenas contribuíram para matanças e carnificinas, salientando e desenvolvendo o lado sombrio da sociedade, pior que contaram com o apoio de suas nações para o cometimento de crimes contra a humanidade. Todos eles, alguns já condenados por tribunais internacionais tiveram suas vidas passadas a limpo por jornalistas e escritores que devassaram as crueldades, assassinatos e torturas praticadas. Sobre Guevara há um caudal de livros, inclusive de autores cubanos no exílio, que apresentam Guevara como ele realmente era: sanguinário, arrogante, e que tem em seu currículo cerca de 15.000 fuzilamentos no" paredon" de La Cabana presídio político do qual era diretor, juiz e carrasco dos adversários de Fidel Castro. Afirma-se que em muitos casos ele mesmo puxou o gatilho apenas como diversão. Confesso que me deprimiu a reunião daqueles jovens em local público para saudar o pernicioso terrorista quando deveriam estar tecendo loas aos benfeitores da humanidade ou então dedicando-se aos estudos. Lavagem cerebral funciona e os exemplos estão aí com suásticas tatuadas, camisetas e boinas guevaristas...
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