Cuidando dos Bichinhos: GRIPE CANINA

Flávia de Oliveira Herdy /// Henriette Bito Jordão
sexta-feira, 30 de maio de 2008
por Jornal A Voz da Serra

A gripe canina, conhecida cientificamente como traqueobronquite infecciosa canina e popularmente como tosse dos canis, é uma enfermidade de cães que ataca o sistema respiratório dos animais, produzindo crises de tosse, deixando os proprietários com a impressão de que os animais estão com algo agarrado na garganta.

Embora não afete consideravelmente o estado geral de saúde do cão, esta infecção provoca uma tosse profunda, seca e incomodativa, que é aumentada por exercícios, excitação ou pressão da coleira no pescoço. É transmitida com muita facilidade especialmente em ambientes fechados, tais como canis, daí a origem do seu nome (tosse dos canis).

Esta doença pode ser causada por dois tipos de vírus: Parainfluenza e Adenovirus tipo 2 (não transmissíveis ao homem) e por uma bactéria, a Bordetella bronchiséptica (transmissível ao homem, mas na maioria dos casos em pessoas com o sistema imunológico deprimido).

É uma doença que aparece sem qualquer aviso prévio, normalmente não proporciona ao dono do cão indício nenhum do problema antes de ele se instalar. Atinge animais de diferentes faixas de idade e caracteriza-se por tosse associada a dificuldade respiratória com maior ou menor intensidade.

A tosse dos canis pode aparecer em qualquer época do ano. Porém, há uma maior predisposição nos meses frios devido à baixa temperatura. É altamente transmissível por aerosóis (pequenas gotas eliminadas pelos espirros) e os animais apresentam os primeiros sintomas entre três a dez dias após a infecção, podendo persistir com os sintomas três a quatro semanas. Estes sintomas assemelham-se à gripe dos humanos (tosse, espirros, febre, falta de apetite e rinite).

Os animais mais suscetíveis são os cachorros recém-desmamados e os adultos que porventura se encontrem debilitados por outras doenças, como verminoses e anemias; animais submetidos a estresse, como viagens longas, confinamentos em clínicas, hotéis, caixas em exposições; e alimentações inadequadas.

Fatores ambientais como produtos de limpeza à base de formol, poeira, alterações bruscas de temperatura também podem predispor os animais a crises de tosse, favorecendo a penetração dos agentes causadores da doença. A irritação das narinas podem facilitar a penetração dos micróbios existentes no chão, na terra e complicar produzindo uma secreção purulenta pelo nariz. Nestes casos se faz necessária a aplicação de antibióticos, principalmente quando estes animais apresentarem falta de apetite, febre, apatia e perda de peso.

O tratamento inclui isolamento de outros cães para evitar o contágio, controlar a temperatura e recorre-se a tratamento médico para desaparecimento dos sintomas.

A prevenção baseia-se em um programa de vacinação que inclui uma vacina contra o vírus da Parainfluenza e Bordetella bronchiséptica. Esta deve ser administrada em filhotes e também em adultos para reforço. Por motivos de segurança, é aconselhável revacinar o animal contra a tosse dos canis quando em contato com animais estranhos. Também deve-se evitar expor o cão a temperaturas muito baixas. No inverno os banhos deverão ser menos freqüentes, principalmente tratando-se de animais idosos. Logo a seguir ao banho, o cão deverá ser muito bem seco. Durante a noite devem dormir cobertos com uma manta.

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