Cuidando dos bichinhos: calopsita

Drª Flávia de Oliveira Herdy/// Drª Henriette Bito Jordão
sexta-feira, 16 de maio de 2008
por Jornal A Voz da Serra

Originária da Austrália, a calopsita é um Psitacídeo da família das Cacatuas e foi importada na década de 1970, existindo hoje muitos criadores no Brasil. A calopsita tem seu nome derivado de uma palavra alemã, kakatielje, que significa pequena cacatua. O nome científico é Nymphicus hollandicus, que significa “Deusa da Nova Holanda”, antigo nome da Austrália (entre 1700-1800).

A caturra, como também é chamada, é uma ave dócil que pode ser conservada como animal de estimação. É um animal bonito, calmo, forte, raramente adoece. Com tanta saúde, a calopsita comumente morre de velhice, por volta dos 20 anos.

Na natureza alimenta-se de sementes, além de frutos e insetos. Diferentemente dos outros Psitacídeos, que preferem o topo das árvores, costuma alimentar-se no chão. Em cativeiro basicamente se alimenta de rações prontas e de sementes. As rações devem ser do tipo peletizadas, pois fornecem todos os ingredientes necessários ao animal. As sementes podem ser misturas de girassol, alpiste e painço, pode-se fornecer também milho verde e algumas frutas. O osso de siba é uma importante fonte de cálcio, assim como a casca de ovo de galinha, que deve ser torrada e moída.

Sua plumagem pode ser de várias cores: amarelo, branco, cinza etc. Normalmente tem em cada face uma pinta laranja que protege os ouvidos da ave. No macho adulto a face é amarela com a pinta laranja e na fêmea a face é cinzenta com infiltrações de amarelo e a pinta laranja não se destaca tanto. A crista no topo da cabeça também varia de cores. O comprimento médio da calopsita é de 30 cm, do bico à ponta da cauda.

Sua reprodução na natureza ocorre na época das chuvas, quando os alimentos são mais abundantes. Geralmente a calopsita procura um eucalipto que esteja próximo à água e faz seu ninho em algum buraco já existente na árvore. Quando criada em cativeiro, a reprodução acontece o ano todo.

Extremamente dócil, seja com outras aves ou mesmo com seres humanos, permite compor viveiros com diversidades de espécies, uma característica restrita à maioria das aves, aceitando com o seu temperamento pacífico também o convívio com pássaros menores.Com pessoas, a relação também é amigável e participativa. É um bicho de estimação para toda a família. Ela se apega às pessoas da casa e normalmente, quando as vê, assobia e se aproxima das grades da gaiola para as observar de perto e acompanhar atentamente suas atividades.

Podem aprender uma série de truques, como assobiar, e com um pouco de paciência e dedicação até mesmo falar algumas palavras curtas. Para isso, deve-se repetir pelo menos dez vezes por dia a palavra que deseja que ela aprenda.

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