Comemorado na próxima terça-feira, 21, o Dia Nacional da Acessibilidade traz à tona as dificuldades que os deficientes ainda enfrentam para sair às ruas e realizar algumas tarefas do cotidiano. Buracos e falta de rampas nas ruas, carros estacionados em vagas destinadas aos deficientes e reduzido número de ônibus adaptados são algumas das barreiras encontradas pelos portadores de deficiência em todo o Brasil. A data também motiva uma reflexão sobre a questão da convivência com esta parcela da população, que está cada vez mais atuante e disposta a enfrentar os obstáculos do dia a dia.
Com a crescente inclusão dos deficientes no mercado de trabalho é importante que todos saibam como se comportar diante de quem tem algum tipo de necessidade especial. O tema já foi abordado em várias cartilhas e folhetos de associações e entidades. Uma das principais dicas é que, ao conversar com uma pessoa que usa cadeira de rodas, não se deve ter receio em falar palavras como correr ou caminhar, que também são usadas pelos cadeirantes. Se o bate-papo for demorar, o ideal é se sentar para ficar no mesmo nível do usuário da cadeira de rodas, que não deve ser utilizada como apoio. Ela é como uma extensão do corpo da pessoa.
Ao sair com um cadeirante, o ideal é escolher um trajeto que não tenha barreiras arquitetônicas. Ao descer uma rampa ou degraus, deve-se utilizar a marcha à ré para evitar que o usuário da cadeira perca o equilíbrio e caia para a frente. Os motoristas, em hipótese alguma, devem estacionar o automóvel em frente a rampas ou em vagas reservadas aos portadores de deficiências. Estes lugares são construídos por necessidade, e não conveniência, portanto, é fundamental respeitá-los.
Quanto aos deficientes visuais, a recomendação é oferecer ajuda ao notar que a pessoa esteja necessitando. Para guiar alguém cego, ofereça o braço para que segure. Nunca agarre-o pelo braço e oriente-o para obstáculos como meios-fios e degraus. Em lugares estreitos para caminhar, ponha o braço para trás para que o deficiente possa segui-lo. Ao explicar direções seja o mais claro possível, descrevendo quais os obstáculos que há no caminho, além de indicar as distâncias em metros.
Vale destacar que quem trabalha, estuda ou está em contato social com uma pessoa deficiente não deve exclui-la, nem minimizar sua participação em eventos ou reuniões. Afinal, os portadores de deficiência são pessoas como as outras, com potencialidades e limitações. Segundo a cartilha da Apae, “é necessário evidenciar a capacidade das pessoas com deficiência, e não a sua deficiência”.
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