Nesta época do ano, é muito comum alugar casas de veraneio, principalmente nas cidades da Região dos Lagos, como Rio das Ostras, Cabo Frio, Angra dos Reis e Búzios. Além de mais baratas que hotéis e pousadas, elas têm vantagens como espaço e privacidade. Por outro lado, se não forem tomados os devidos cuidados, ao chegar no local de destino, a surpresa pode ser bastante desagradável.
Karina Amaral da Silva, de 28 anos, conta que, no ano passado, reservou um imóvel para passar o ano novo com a família em Cabo Frio, mas as férias se transformaram em um verdadeiro pesadelo. “Nas fotos havia uma piscina enorme, área de churrasqueira bem legal, quartos com camas, enfim, tudo muito novinho. O problema é que quando chegamos a piscina estava vazia e rachada, a churrasqueira imunda e nem colchões tinha nos quartos”, disse ela, acrescentando que “a dona da casa me enviou fotos de quando a casa foi construída e não da atual situação dela”, disse.
Carla Costa Farias, de 42 anos, passou por uma situação ainda pior. “Fui atraída pelo preço, uma média de 30 a 40% abaixo do que normalmente é pedido para a época e localidade que escolhi. Quando cheguei lá, simplesmente a casa já estava ocupada. Liguei para o dono, com quem havia conversado ao longo de pelo menos três meses, mas ele não me atendeu. Eu já havia depositado metade do dinheiro combinado e tive que voltar com minha família para casa. Apesar de tudo, ele me devolveu o dinheiro dois dias depois mas, no fim das contas, não viajamos, pois não conseguimos alugar outro imóvel”, falou.
O coordenador do Procon de Nova Friburgo, Júlio Reis, aconselha a procurar empresas especializadas em vez de negociar diretamente com o proprietário. “A melhor coisa a se fazer nesses casos de aluguel de veraneio é procurar fazer o contrato por intermédio de imobiliárias ou sites já conhecidos no mercado. Se o contato for direto com o proprietário, é importante que quem vá alugar verifique se o imóvel realmente existe. É sempre bom não pagar o valor integral no início, apenas uma entrada, e somente pagar a diferença quando já estiver no imóvel”, disse, explicando que “em todos os casos, deve ser elaborado um contrato por escrito com todos os dados do locatário e do locador”.
Dicas para evitar ciladas
1 - Não fique no boca a boca: faça um contrato formal. No documento deve constar as datas de entrada e saída do inquilino; os direitos e deveres de cada uma das partes; o que a casa oferece (desde móveis até utensílios); valor das taxas de limpeza, reserva e multas; número de pessoas que ficarão no imóvel; como deve ser o pagamento; onde a casa está situada, entre outros.
2 - Visite o local: se a casa a ser alugada fica a poucas horas da sua residência, vale dar aquele confere antes de viajar com toda a família. Mas, se a visita não for possível, o ideal é pedir fotos recentes da residência e guardá-las junto com o contrato.
3 - Pesquisar referências: como você chegou até o locador? Se foi através de sites, leia os comentários; se for através de um amigo ou conhecido, pergunte como foi a negociação, se o imóvel estava dentro do que foi divulgado e por aí vai.
4 - Localização: além de ter certeza que a casa existe, saber o que tem em seu entorno é também fundamental. Por isso, não esqueça de averiguar se existem estabelecimentos como mercados, farmácias, entre outros, próximos à residência - e a sua distância da praia, é claro.
5 - Empresas especializadas: a negociação com imobiliárias ou corretores de imóveis também deve ser averiguada. Por isso, não esqueça de verificar com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) da sua região se a empresa ou o profissional são confiáveis.
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