Crime ambiental na Ponte da Saudade

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Crime ambiental na Ponte da Saudade
Crime ambiental na Ponte da Saudade

Uma oficina na Ponte da Saudade está jogando entulho dentro do Rio Santo Antônio. A redação de A VOZ DA SERRA recebeu inúmeras denúncias de moradores do local indignados com a quantidade de telhas e restos de borracha despejados na encosta do rio, que a qualquer momento podem ir parar no rio.
De acordo com Marcos Mendes, proprietário da oficina, a “Secretaria de Posturas esteve no local e não notificou”. Ele alegou ainda que a situação era de normalidade. “Eu sempre busquei solução para esse problema. Tinha um buraco enorme aqui, então eu piquei telhas e joguei no buraco para segurar a margem do rio”, afirmou Marcos, ressaltando que seu medo era de que a água escavasse por baixo da terra e fizesse ceder a margem do rio.
Marcos alegou que o problema do rio era o bambuzal que caiu no leito na tragédia de 2011 e permanece lá até hoje. Ele afirmou que pede constantemente à Prefeitura que o bambu seja retirado por ficar represando a água. Questionado sobre a possibilidade de os entulhos caírem dentro do rio, disse: “Nem na tragédia a água chegou até aqui em cima. Se a água chegar aqui, a cidade já acabou”. 
Porém, o Departamento de Posturas nega a história de Marcos. O órgão esteve na oficina de lanternagem na segunda-feira, 18, e notificou-o pelo crime ambiental. Também assegurou que lhe deu um prazo para a retirada do entulho, caso contrário, Marcos poderá pagar a multa máxima de R$ 2.173,00. A reportagem de A VOZ DA SERRA esteve no local na manhã de quinta-feira, 21, constatando que o entulho continuava no mesmo lugar. A Posturas também informou que retornará ao local e intensificará a fiscalização deste tipo de crime. No entanto, atualmente só tem um fiscal para vistoriar as inúmeras irregularidades da cidade, o que favorece a prática de crimes como este.

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