Criação de aves domésticas exóticas está legalizada no país e deve reduzir o tráfico de animais silvestres

quarta-feira, 06 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

A criação de aves exóticas no Brasil, agora regulamentada, deve ser incrementada pelos criadores, colaborando para a redução do tráfico e do contrabando das aves nativas. A expectativa é da Federação Ornitológica do Brasil (FOB), que trabalha há cinco anos junto ao Ibama para a aprovação da Instrução Normativa (IN) n˚ 3 do Ministério do Meio Ambiente, publicada nesta segunda-feira (4 de abril) no Diário Oficial da União, que permite a diversos criadores sair da clandestinidade.

A partir de agora, todas as aves domésticas “exóticas” estrangeiras criadas em cativeiro devem ser identificadas por anilhas. “Isso dará mais agilidade e clareza à atividade, criará empregos, renda, lazer e promoverá a conservação das espécies”, afirma Guido Nardi, vice-presidente da FOB.

Segundo ele, com a normatização, a tendência é de que os criadores de aves silvestres, atividade legalizada no Brasil com ressalvas, passem a ser criadores de aves domésticas exóticas, colaborando desta maneira para a diminuição do tráfico.

— Criar é preservar. As aves domésticas evitam a caça de aves silvestres — explica Guido.

A FOB abraçou a causa da IN que libera a criação de aves exóticas.

— Os maiores responsáveis por esta conquista são Ayr David Gadret, diretor de assuntos corporativos da FOB, e Cezar Abrahan (ex-secretário do Planejamento e Orçamento do Ministério da Fazenda e auditor fiscal da Receita Federal) — comenta.

Atividades

A FOB promove palestras de conscientização de criadores, realizadas por veterinários e especialistas, cursos de conhecimento prático sobre anilhamento, tratamento e preparação das aves, e disponibiliza vídeos sobre o assunto. Além disso, publica a revista técnica Brasil Ornitológico, distribuída trimestralmente a todos os criadores associados.

Anualmente, a federação realiza o Campeonato Brasileiro de Ornitologia, que neste ano será realizado de 16 a 23 de abril (1ª etapa) e de 30 de junho a 9 de julho (2ª etapa). O evento tem como objetivo reunir brasileiros das mais variadas tradições culturais unidos pela paixão comum às aves. Durante o evento, as aves são julgadas pela cor, forma, apresentação, postura e canto.

O evento, aberto ao público, é realizado no Centro de Eventos Luiz Fernando Fachini Beraldi, em Itatiba (a 75 km de São Paulo). Com mais de 7 mil m2, o espaço é o maior do mundo destinado à exposição e julgamento de aves.

Para mais informações sobre a entidade, basta acessar www.fob.org.br.

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