Creche do Parque Maria Teresa: prefeitura busca um novo espaço

Ciente dos problemas no imóvel, governo municipal espera encontrar solução já para 2020, informou em nota
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
A Creche Municipal Edith Silva Santos, no Parque Maria Teresa (Fotos: Henrique Pinheiro)
A Creche Municipal Edith Silva Santos, no Parque Maria Teresa (Fotos: Henrique Pinheiro)

Após matéria de A VOZ DA SERRA sobre o estado que se encontra a Creche Municipal Edith Silva Santos, no Parque Maria Teresa, que pertence ao distrito de Riograndina, a prefeitura de Nova Friburgo enviou uma nota afirmando que está ciente dos problemas e que já está procurando um novo imóvel para transferir as crianças.

“A Secretaria de Educação de Nova Friburgo esclarece estar ciente dos problemas na creche do Parque Maria Teresa, que é um espaço cedido em comodato pela Associação de Moradores, e que desde então vem procurando um local que possa abrigar as crianças, mas até o presente momento nenhum imóvel que pudesse ser adaptado para receber os alunos foi encontrado. Inclusive, por três vezes, a equipe da secretaria esteve no bairro visitando imóveis para a transferência das crianças, juntamente com o presidente da associação de moradores do Parque Maria Teresa, Sr. Emílio Alonso.”

A nota ainda destacou que existe a possibilidade  da transferência ocorrer já para o próximo ano e reforçou o apoio e parceria com os moradores do Parque Maria Teresa.

“Ficamos sabendo de uma casa que pode vir a atender às necessidades da creche. Após visita inicial de membros da secretaria, será feita uma vistoria detalhada para determinar a viabilidade da locação e, assim, dar início aos trâmites necessários para que a casa seja alugada e, em seguida, sejam feitas as adaptações necessárias para que o espaço receba os alunos da creche no início do ano letivo de 2020. Caso o imóvel em pauta não possa ser utilizado, a parceria da comunidade será fundamental na busca por um imóvel diferente dos que foram vistos pela secretaria. Estamos abertos a visitar outros espaços para avaliar a possibilidade de locação ou mesmo de desapropriação. As intervenções na atual sede da creche só poderiam ter sido feitas sem a presença de alunos e servidores, pois são muitas, e até agora isso não foi possível.”, informou o comunicado.

A nota, no entanto, não esclareceu sobre a questão do contrato firmado com a Associação de Moradores do bairro, que cedeu o espaço para o funcionamento da creche. Segundo informações de seu presidente, Emílio Alonso, houve um acordo, inicialmente verbal, com o secretário municipal de Educação, Igor Pinto, para que a prefeitura fizesse obras que permitissem uma estrutura adequada para o funcionamento de uma creche no imóvel. O acordo, segundo Emílio, foi formalizado, mas as obras até hoje não aconteceram.

Ainda de acordo com Emílio, um contrato foi elaborado pouco tempo depois e nele constavam termos que a associação não teria como cumprir e por isso ele elaborou um novo documento no início do ano e que até hoje e não foi assinado. “No contrato que a prefeitura enviou, era informado que o município não iria pagar um aluguel, mas que iriam arcar com o IPTU e taxa de incêndio. Além disso, ficava aos cuidados da associação de moradores pagar a taxa de coleta de lixo que é mais de R$ 1 mil por ano e a taxa de iluminação pública. A associação teria ainda que se responsabilizar pelo espaço, entre outras coisas. Eu não aceitei. Então, refiz o contrato e mandei para a prefeitura. Até agora eu não tenho resposta e já fui à ouvidoria algumas vezes para saber como está esse processo”, enfatizou.  

 

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