A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara—criada em julho para investigar a utilização de recursos federais repassados para socorrer o município após a devastação climática de 12 de janeiro—será concluída sem que o prefeito afastado Dermeval Neto (PTdoB) e o ex-secretário municipal de Governo, José Ricardo Carvalho de Lima—afastados recentemente dos cargos por decisão da Justiça Federal—sejam ouvidos. Os dois não compareceram ontem, quarta-feira, para prestar esclarecimentos à CPI e o presidente da comissão, Cláudio Damião (PT), informou que não pretende intimá-los novamente. O relatório final das investigações, segundo ainda o presidente da CPI, deverá ser apresentado em 14 de dezembro.
O prefeito afastado havia sido convocado para depor em 9 de novembro, porém, na ocasião, obteve habeas corpus na 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo para não atender à intimação. Ele, porém, recebeu a segunda intimação da CPI para que fosse prestar esclarecimentos ontem, quarta, às 12h. Os advogados de Dermeval Neto questionaram a insistência da comissão. A decisão sobre o imbróglio jurídico estava sob análise do juiz criminal Leonardo Telles que, segundo informações, ouviria o Ministério Público antes de expor sua decisão.
O ex-secretário de Governo também foi intimado duas vezes a comparecer à CPI. Na primeira vez, em 4 de novembro, José Ricardo encaminhou um ofício à CPI pedindo que uma nova data fosse agendada, já que, naquela oportunidade, tinha compromissos inadiáveis no Rio de Janeiro. Ontem, ele seria ouvido às 9h30, contudo, não compareceu à Câmara.
O ex-secretário municipal de Assistência Social, Carlos Maduro, foi o único a comparecer à CPI. Ele prestou depoimento na tarde de ontem, como testemunha.
* VER COLUNA COMPLETA EM 'BASTIDORES DA POLÍTICA - 17 DE NOVEMBRO 2011'
Deixe o seu comentário