Num imóvel que servia de ponto base para “vapores” e num quarto na casa da mãe foram apreendidos armas, dinheiro e mais de 2.700 sacolés de pó e crack
As polícias civil e militar de Nova Friburgo promoveram na tarde de terça-feira, 24, um desdobramento da operação Gênesis, de repressão ao tráfico de drogas no município. Numa incursão no Alto do Floresta, o Morro do Dedé, distrito de Conselheiro Paulino, chefiada pelo delegado da 151ª DP, Flávio Narcizo, policiais civis e agentes do serviço reservado (P2) do 11º BPM, foi presa em flagrante a costureira Elaini Amaral Cardoso, a Tia Viviane, que completou 37 anos no dia da prisão.
Na operação foram apreendidos numa casa da Rua Caraíba, que servia como ponto de apoio para “vapores” (vendedores a varejo) do tráfico, e também num quarto na casa da mãe de Tia Viviane, no Loteamento Santa Teresinha, cerca de 700 pedras de crack, 2.041 sacolés, cápsulas de cocaína personalizados com a inscrição “Respeite o crime”, uma pistola 9 mm, 82 cartuchos, dois carregadores, cadernos com anotações e contabilidade do tráfico e ainda R$ 7.570,00. De acordo com as investigações, a costureira movimentava até R$ 20 mil por semana com a atividade ilícita.
Tia Viviane, segundo a polícia, é acusada de ser a gerente das bocas de fumo do Dedé e do Jardim Califórnia. As investigações dão conta ainda de que ela recebia ordens do acusado de tráfico, Mauro Luiz da Silva Magalhães, o MR, apontado como um dos chefões do tráfico em Nova Friburgo. MR foi denunciado pelo Ministério Público semana passada e comandaria as ações criminosas do presídio Vicente Piragibe, no Rio de Janeiro, onde está preso.
Os policiais flagraram Tia Viviane por volta do meio-dia na Rua Aureliano Barbosa Faria, no Dedé, quando ela saía da confecção onde trabalhava, para almoçar. A empresa é de familiares de um policial do 11º BPM. Inicialmente, ela negou as acusações e disse que morava na casa da mãe no Santa Teresinha, mas naquela ocasião não havia ninguém em casa. Então, durante a revista os policiais encontraram na bolsa da costureira uma conta de luz de uma casa na Rua Caraíba, no Dedé, com o nome dela.
No imóvel usado pelos “vapores” foi apreendida a pistola de uso restrito da polícia e com numeração raspada, os carregadores, munições de diferentes calibres, uma caixa com 50 munições e uma sacola com 560 pedras de crack e 130 sacolés de pó. Também foram apreendidas 1.911 cápsulas de cocaína, uma balança, material para endolação, e duas latas de fermento em pó para mistura da droga, além de cadernos com a contabilidade do tráfico.
Na casa da mãe de Tia Viviane, a polícia recolheu mais 140 pedras de crack, R$ 7.570, cadernos com anotações do tráfico e ainda um livro do bispo Edir Macedo, “Somos todos filhos de Deus” com a relação de telefones dos “vapores”. Tudo estava sob uma guarda-roupas num dos quartos do imóvel. Na delegacia, a costureira confirmou que todo o material pertencia a ela. Tia Viviane foi encaminhada a uma unidade carcerária feminina do sistema penitenciário do Rio de Janeiro, ontem, 25, onde deverá aguardar julgamento por tráfico de drogas e posse ilegal de armamentos.
Polícia Civil encontra acusado de furto na fábrica Ypu
O investigador da 151ª DP, Messias Bom, localizou terça-feira, 24, nas imediações da fábrica Ypu, um ex-porteiro da empresa, acusado de ter furtado R$ 22 mil em dinheiro e cheques da sala de um administrador da Ypu, há quase dois anos. O homem foi conduzido à 151ª DP, mas não ficou preso. Ele responderá em liberdade. Segundo o policial, o acusado, de 37 anos, está desempregado e teria ido dessa vez à fábrica informar-se sobre oportunidades de emprego em empresas que funcionam no local.
De acordo com as investigações da polícia, o ex-porteiro, ao deixar seu posto, em 2010, para ir ao banheiro no fim da tarde, deparara-se com as gavetas do administrador abertas e furtou o dinheiro. No dia seguinte, todo o montante teria sido gasto com compras de bens para sua casa, despesas em restaurantes e o pagamento de quase R$ 12 mil em dívidas.
O ex-porteiro da Ypu também responde a processo pela acusação do furto de um monitor de computador do extinto hipermercado ABC, na Avenida Alberto Braune, também em 2010. Na ocasião, ele foi detido e posteriormente liberado.
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