Juliana Scarini
O Cordoeira é um bairro bem próximo do centro da cidade, com mais de 20 mil habitantes. Além disso, está interligado às Braunes e Parque Santa Elisa. A ideia dos moradores é mostrar o lado positivo do bairro, como a utilização de algumas ruas para desafogar o trânsito do Centro. “O Cordoeira tem potencial para ser um ponto turístico da cidade. A parte alta do bairro proporciona uma vista panorâmica de Nova Friburgo”, conta Felipe Lisboa da Conceição, morador há 25 anos do Cordoeira e conhecedor de todos os problemas e qualidades do bairro.
Felipe acha que, se bem planejado e conservado, o bairro tem potencial para se tornar um atrativo para turistas. No entanto, ele ressalta que para isso é preciso realizar melhorias, pois, em vez de atrair novos visitantes, o atual estado do bairro prejudicaria a imagem da cidade, já que as ruas estão esburacadas e algumas ainda têm esgoto a céu aberto.
A Rua Edith Pinheiro de Farias é um exemplo de má conservação. Ela não está totalmente concluída. Em determinado ponto os carros não têm mais passagem e as casas foram tomando o espaço da rua. Se concluída, esta via daria acesso à Rua Manoel Cristiano Bussinger, ponto final do ônibus.
O bairro possui uma creche municipal, um posto de saúde e a E. M. Padre Rafael, que ficou em último lugar em qualidade de ensino no município. Felipe da Conceição conta que vários alunos estão trocando de escola e que, quando inaugurada, a instituição tinha como objetivo ser referência em ensino no município.
Atualmente o Cordoeira têm três pontos de maior preocupação dos moradores. O primeiro é a barreira na Rua Edelberto Eyer. O local estava interditado pela Defesa Civil, mas o tráfego de pessoas e veículos foi liberado. Os alunos e moradores que utilizam a rua se arriscam, já que a barreira está totalmente instável, correndo risco de desabar. “Os moradores só evitam passam por ali quando chove”, lembra Felipe.
Já a Rua Benjamin Braga Boy representa outro perigo. Apesar das placas alertando os motoristas e pedestres para não se arriscar no local, a passagem não está interditada. Essa rua corta ao meio os bairros Parque Santa Elisa e Vila Dom Bosco. Esta última teve várias casas atingidas pela barreira que desmoronou da Rua Benjamin Braga Boy.
O terceiro ponto de risco do bairro é na Rua Emília Falchetto, onde uma grande barreira desmoronou e atingiu casas. Ana Paula Sanches, há seis anos moradora do Cordoeira, teve o muro de sua casa destruído, além de muita lama que danificou móveis e eletrodomésticos. Ela lembra que em 2007 essa mesma barreira já tinha atingido sua casa e na tragédia do ano passado os prejuízos foram ainda maiores. “Quando chove eu saio de casa, pois tenho medo de ficar aqui, porque não tem muro de contenção”, ressalta Ana Paula.
Outra reclamação frequente dos moradores é a disseminação de ratos pelo bairro. Além disso, o Cordoeira tem servido de “abrigo” para cachorros de rua. Por todo lado e em qualquer rua é possível ver um cachorro abandonado.
A coleta de lixo, segundo Felipe da Conceição, atende bem ao bairro, mas faltam lixeiras para comportar o volume de lixo, deixando o Cordoeira sujo e com lixo espalhado pelas ruas. Outra reclamação frequente é a enorme de buracos pelas ruas do bairro. Os moradores aguardam a realização de uma “operação tapa-buracos” no bairro.
A reportagem de A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Prefeitura para esclarecer as reclamações e dúvidas dos moradores, mas até o fechamento desta edição não havia obtido resposta.
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