Dezenas de moradores do Bairro Santo Antônio, localizados no final da Rua Presidente Vargas do município de Cordeiro, já estão sem dormir devido à chegada da temporada das fortes chuvas. Tudo porque foi descoberto um laudo onde a maioria deste bairro está ameaçada por uma encosta com grandes proporções de deslizamentos.
No dia 19 de setembro os moradores compareceram à sessão legislativa onde a moradora Andréa Campos, representando o bairro, usou a tribuna para relatar que—por boatos em toda a cidade e depois de conhecer a verdadeira realidade do bairro, através do laudo da Emop, sob o número e ano de 010/97—existe ameaça de eminente deslizamento de terras sobre as casas. Ela em nome dos moradores solicitou dos vereadores as devidas providências urgentes do executivo municipal. Em seu emocionado discurso, ele disse que, se existem áreas de riscos, que as autoridades interditem todas as casas e que obras sejam feitas evitando-se tragédias futuras. “Agora que somos sabedores da real situação de nosso bairro peço atenção especial dos senhores vereadores e do prefeito da cidade, para uma solução antes do período das chuvas fortes”, disse Andréa, alertando que hoje casas são alugadas e vendidas sem devida precaução e anúncio de que as áreas do bairro estão condenadas.
Segundo a coordenadoria de Defesa Civil do município de Cordeiro, o bairro Santo Antônio está correndo perigo desde o ano de 1997, onde anualmente o Departamento de Recursos Minerais (DRM) apresenta laudos, através de vistorias técnicas sobre risco de escorregamento de encostas—e para esta ano de 2011 as seguintes localidades também estão em eminente perigo: Avenida Presidente Vargas—Bairro Santo Antônio; final da Avenida Presidente Vargas—Bairro Santo Antônio; KM 3 da RJ 160 (estrada Cantagalo x Cordeiro)—Bairro Ferreirinha; Rua Petit Cabral—Bairro Constantino; KM 2 da RJ 160—Bairro São Luís; Rua 6—Bairro Retiro Poético; Rua 5 Travessa 2—Bairro Alto do Retiro e Rua José Ventura de Paiva—Bairro Rodolfo Gonçalves. Para informações nesta matéria autoridades da Defesa Civil cordeirense disse que um documento contendo estes laudos foram encaminhados ao departamento geral da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro.
No dia seguinte da reunião na Câmara de Vereadores, os moradores, ainda não se sentindo por satisfeitos, procuraram a Procuradoria Pública Coletiva onde foram orientados a exigir mais documentos do executivo e Defesa Civil do município e que as autoridades judiciais irão convocar os responsáveis dos documentos para possíveis esclarecimentos. “Não entendo porque estes documentos que chegaram em minhas mãos estavam sem conhecimentos dos moradores”, questionou a moradora Andréa Campos aos advogados perplexos com a atual situação do Bairro Santo Antônio.
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