Coral Cantomusarte contará a história da colonização de Friburgo

Espetáculo “Os Imigrantes”, gratuito, envolve a apresentação de 13 cantores, além de músicos e contador de histórias
sábado, 10 de novembro de 2018
por Jornal A Voz da Serra
O maetro Joffre Evandro numa das apresentações do Cantomusarte (Divulgação)
O maetro Joffre Evandro numa das apresentações do Cantomusarte (Divulgação)

O Coral Cantomusarte fará apresentações especiais nos próximos dias 15 e 16, às 19h30, no Teatro Municipal Laercio Ventura, no Suspiro. A atração será o espetáculo “Os Imigrantes”, que contará a trajetória das famílias colonizadoras, em evento que relembrará o bicentenário de Nova Friburgo, comemorado no último 16 de maio. A entrada é gratuita, mas é preciso retirar antecipadamente os convites, que estarão disponíveis nos dias das apresentações na bilheteria do teatro.

Sob direção e regência do maestro Joffre Evandro Silva, “Os Imigrantes” levará o espectador a um passeio pelos países e pela história dos imigrantes europeus que, fugindo dos problemas existentes no continente à época, embarcaram rumo a uma nova terra: “Os imigrantes trazem na bagagem, além de seus pertences, suas histórias, valores culturais, crenças, esperança e, sobretudo, os sonhos”, diz a descrição do espetáculo.

Além dos 13 cantores que integram o Cantomusarte, o espetáculo contará também com a participação de músicos e um contador de histórias. O coral superou dificuldades linguísticas e foram feitas muitas adaptações por parte do maestro para que toda essa trajetória dos imigrantes europeus pudesse ser contada desde o tratado que garantiu o patrocínio da colonização e autorizou a imigração de 100 famílias oriundas do Canton de Fribourg, na Suíça, até a chegada. A apresentação relata ainda a saga da viagem sem volta, onde mais de duas pessoas se arriscaram em embarcações precárias. Muitos desses imigrantes não resistiram e seus corpos foram lançados ao mar antes de alcançar o sonho de um novo lar. Também é representada a caminhada à pé para chegar ao Morro Queimado.

“Foi feita uma pesquisa das músicas características de cada país, depois as partituras, sendo que muitas delas não tinham arranjo para coro. Para os integrantes foi um desafio, porém um grande prazer cantar diversas músicas, com estilos diferentes”, contou o maestro Joffre Evandro Silva.

O espetáculo também reverencia a herança dos outros povos: ”A vinda dessas famílias suíças abriu precedente imediato para que alemães, espanhóis, italianos e muitos outros povos, na segunda metade do século 19, pudesse também aqui se assentar. Destacamos também a importância e os valores de outras etnias que já se encontravam nesta terra, como os índios e os africanos”, completa Joffre.

 

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