(SECOM) Como em todas as cidades do país, em especial nas do interior, os equinos e muares são utilizados em veículos de tração animal. Na maioria dos casos, seus proprietários negligenciam em todos os aspectos o correto manejo, nutrição e assistência veterinária destes animais, que possuem uma vida útil, e a partir deste momento ocorre o abandono nas vias urbanas e periféricas.
Segundo o médico veterinário Luiz Fernando Bonin Freitas, coordenador do Bem-Estar Animal, “muitos proprietários que desconhecem (ou ignoram) a legislação e penalidades teimam em burlar a lei praticando atos de crueldade tais como excesso de carga, subnutrição e animais sem ferraduras. Essas pessoas, quando apanhados em flagrante delito, serão punidas por infringir a Lei Nº. 9605/98 e o Decreto Lei Nº. 24654/34, que prevê prisão e multa para seus infratores”.
O médico veterinário informa que na Secretaria de Desenvolvimento Urbano Sustentável já existe em andamento um Processo de Licitação (Nº 14.662/2011) para contratação de uma empresa prestadora de serviços, para apreensão, captura e guarda de animais de grande porte, obedecendo à legislação do Bem-Estar Animal.
“Quando assumi em abril de 2011, encontrei um quadro caótico, visto que, ao sairmos da administração em 1999/2000 deixei vigente uma Lei Municipal e um projeto para construção de um Centro de Zoonoses e Bem-Estar Animal, inclusive com captação de verba federal, com a contrapartida da municipalidade no sentido de disponibilizar um terreno. Se tivesse sido dado prosseguimento ao projeto não estaríamos enfrentando os problemas de hoje”, afirma Luiz Fernando.
A coordenadoria possui parcerias com clínicas veterinárias da cidade e está apta a fornecer informações sobre boas práticas de manejo de equinos e muares, assim como orientações sobre assistência veterinária aos proprietários. “Aos proprietários de animais de grande porte solicitamos que não os solte ou os abandone em vias públicas, pois além de todo o transtorno causado à sociedade, como a ocorrência de acidentes com automóveis que podem causar vítimas fatais, e que neste momento o proprietário do animal desaparece, ainda há todo um mal-estar devido ao desencadeamento de boletim de ocorrência, processo no Ministério Público, prisão e multa”, reforça Bonin.
Todo e qualquer proprietário de animal que necessite de informações e esclarecimentos deve procurar a Coordenadoria do Bem-Estar Animal, situada na Praça 1º de Março 22, na Vilage, de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 17h30. O telefone é (22) 2522-1356.
Deixe o seu comentário