Álvaro Ottoni de Menezes
O mandamento da amizade repousa no mais célebre quiasmo (repetição invertida dos elementos de uma frase) concebido por Alexandre Dumas “Um por todos e todos por um”. Quiasmo da amizade total, divisa da camaradagem universal.
De fato, o amigo é um ser especial porque nós o elegemos. A liberdade da escolha permite que essa peculiaridade determine a relevância do sentido da amizade.
Falar de amizade é falar de interação, de entrega afetiva, de atenção e de promessa – cumprida ou não.
É estar, hoje, de maneira intensa envolvido nas questões do outro. É gargalhar, ou até brigar, enfim se transportar um pouco. Parar e sentir por onde esse amigo perambulou, devaneou, e compreender os percursos do outro. Afinal, existem códigos que entendemos com um simples olhar.
Amigo é quem ama sem qualquer forma de expectativa, seja nas peripécias que se dão no transcorrer de nossas vidas, seja nos diálogos mais triviais e cotidianos que fazemos no dia a dia.
Dos relacionamentos humanos a amizade talvez seja a mais singular. Floresce do nada. Basta um gesto, uma situação vivenciada em comum, duas palavras, uma troca de olhares. Pré-requisito: predisposição.
Tão simples e profundos os recados do coração. Recados que nos movem. Recados que nos apontam horizontes a partir do simples gesto que é o de estarmos prontos, receptivos ao abraço.
Que a entrega afetiva reine no coração de cada friburguense no ano que se inaugura e que no fundo do peito do lado esquerdo de cada um de nós perdure e se eternize o célebre quiasmo: “Um por todos e todos por um”
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