Os consumidores que sentiram uma leve redução no valor da conta de luz neste mês com o fim da tarifa extra ( bandeiras vermelha e amarela) podem se preparar porque a energia elétrica voltará a pesar no bolso, a partir de junho, em Nova Friburgo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está analisando a revisão tarifária periódica da Energisa e, segundo proposta da concessionária, o valor pode subir para 10,21% na conta dos clientes residenciais e 28,01% para as indústrias.
As novas tarifas de energia elétrica só serão conhecidas quando forem definidas pela diretoria da agência e passarão a vigorar a partir do dia 22 do próximo mês. “A revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão e tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas”, explica a Aneel.
A Energisa atende 102.587 consumidores em Nova Friburgo e não quis justificar a proposta preliminar de aumento da tarifa porque o processo está em curso. “A audiência pública referente à revisão tarifária da Energisa Nova Friburgo encerrou seu período de contribuições no dia 9 de maio e agora a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está avaliando todas as contribuições recebidas da distribuidora e da sociedade. Portanto, qualquer informação até o momento é sujeita à variação. Sendo necessário aguardar o resultado final, que será divulgado em junho”, informou a concessionária em nota.
Em junho do ano passado, houve reajuste médio de 14,07% nas tarifas da Energisa. Para os clientes residenciais, o aumento foi de 13,47%. Os clientes de alta e média tensão, como as indústrias, por exemplo, tiveram um aumento de 16,33%. “Esse é um reajuste normal previsto no contrato de concessão do serviço à Energisa Nova Friburgo. O reajuste irá atualizar parte dos custos da empresa que não foram contemplados na Revisão Tarifária Extraordinária (RTE), aplicada no início de março a todas as concessionárias de energia do país”, disse, na ocasião, o diretor técnico e comercial da Energisa, José Adriano Mendes Silva.
O reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia elétrica é calculado com base na variação de gastos que a empresa teve no ano. O cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), e outros como energia comprada, encargos de transmissão e setoriais.
A Aneel vinha autorizando reajustes altos em 2015 devido ao encarecimento da energia no país, provocado pela estiagem, a queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de usinas termelétricas, cujo custo é mais caro.
Bandeira verde
No mês passado o custo da luz caiu até 6,5% por causa da melhora na produção de energia no país, provocada pela redução no consumo e também devido às chuvas do último verão que elevaram o nível dos reservatórios. Algumas usinas termelétricas foram desligadas. Por isso, a bandeira tarifária - que alerta os consumidores sobre a situação do sistema de abastecimento de energia elétrica - deixou a cor vermelha, depois a amarela e passou para a verde no último dia 1º de abril. Um leve alívio no bolso foi sentido quando a conta chegou em maio.
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