A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 21, a revisão tarifária da concessionária de energia Energisa Nova Friburgo. De acordo com a empresa, o reajuste começa a valer já nesta quarta-feira, 22, e será de 6,69% para consumidores residenciais e 17% para indústrias. Esta é a quarta revisão periódica solicitada pela Energisa, que atende 102.587 consumidores em Nova Friburgo.
No mês passado, os consumidores sentiram uma leve redução no valor da conta de luz com o fim da tarifa extra (bandeiras vermelha e amarela). A mudança ocorreu graças a melhora na produção de energia no país, provocada pela redução no consumo e também devido às chuvas do último verão que elevaram o nível dos reservatórios. Na ocasião, o custo da luz caiu até 6,5%. No entanto, com o reajuste autorizado agora, o pequeno alívio no bolso deixará de existir.
“A revisão tarifária periódica é um processo regulado pela Aneel, previsto no contrato de concessão da empresa, e ocorre a cada quatro anos, em média. O último aumento tarifário dessa natureza para os clientes da Energisa Nova Friburgo ocorreu em 2012. A próxima revisão tarifária da concessionária, a quinta, será realizada somente em 2021“, explicou a Energisa.
“A revisão tarifária tem por objetivo obter o equilíbrio das tarifas com base na remuneração dos investimentos das empresas voltados para a prestação dos serviços de distribuição e a cobertura de despesas”, esclareceu a Aneel.
Em 2015, devido ao encarecimento da energia no país provocado pela estiagem e o consequente uso mais intenso de usinas termelétricas (cujo o custo é mais caro), a Aneel autorizou reajustes bastante altos. Em junho do ano passado, por exemplo, houve reajuste médio de 14,07% nas tarifas da Energisa.
Para os clientes residenciais, o aumento foi de 13,47%. Os clientes de alta e média tensão, como as indústrias, tiveram um aumento de 16,33%.
Como é calculada a tarifa
O reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia elétrica é calculado com base em uma série de custos operacionais como o de aquisição e transporte da energia elétrica. Além de encargos setoriais, atividades de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e remuneração de investimentos.
“A parte que cabe à distribuidora de energia representa apenas 19,22% da composição da tarifa. É por meio dessa parcela que a Energisa Nova Friburgo distribui energia a todos os clientes, paga funcionários, fornecedores e prestadores de serviço, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados. A tarifa final do consumidor contém 40,84% de encargos e impostos”, explicou a concessionária.
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