A redução da cotação do dólar ao longo de 2009 e o grande volume de chuvas nos reservatórios, desde o ano passado, vão garantir ao consumidor, principalmente da Região Sudeste, tarifas mais baixas nas contas de energia elétrica. Os reajustes em 2010, especialmente os das distribuidoras do Sudeste, que consomem energia de Itaipu Binacional — cujos preços são afetados pelo dólar — poderão ser próximos ou até abaixo de zero, chegando a uma queda de 5%, conforme afirmação do presidente de Itaipu Binacional, Jorge Samek.
O movimento pode repetir o que aconteceu em 2006 e 2007, antes da crise, quando Ampla, Light e Cenf registraram reajustes negativos pela primeira vez. Jorge Samek ainda afirma que, em 2009, com os reservatórios cheios, não foi preciso acionar as térmicas movidas a óleo, ainda mais caras que as termelétricas a gás.
Em 2006, a conta da Cenf (Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo) teve uma redução de 11,75%, enquanto, em março daquele ano, as tarifas da Ampla recuaram 5%. De 2008 em diante, o valor só registrou alta.
É bom lembrar que as contas também poderão ficar um pouco mais barata no caso de falta de luz. Já está em vigor, desde 1º de janeiro, a lei onde as distribuidoras de energia elétrica que estourarem seus limites de duração e frequência de blecautes terão de ressarcir por meio de desconto, na conta do mês seguinte, seus consumidores. A decisão foi tomada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em dezembro.
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