O projeto Florestar & Cia. esteve com seus integrantes e voluntários na última semana do mês de agosto e primeira semana de setembro empreendendo atividade de conscientização ambiental sobre a temática de construção civil com sustentabilidade, isto é, uma construção segura, principalmente em áreas consideradas de risco. Várias construções foram visitadas nas localidades de Granja Spinelli, Córrego Dantas, São Geraldo, Duas Pedras, Lazareto, Jardinlândia, Rui Sanglard, Granja Mimosa, Jardim Califórnia, Parque das Flores, Alto do Floresta e Riograndina. Estas são localidades que se encontram nas bacias e microbacias das nascentes do Rio Grande, que compõem importante manancial de águas para abastecimento destas mesmas localidades.
Outra grande preocupação e motivo de conscientização ambiental é em relação à ocupação do solo. O uso irregular ocasiona o seu enfraquecimento, potencializando erosão e saturação, provocando deslizamentos de terra em períodos de chuvas fortes. Nessas comunidades visitadas a equipe do projeto Florestar & Cia ainda observou práticas lesivas ao meio ambiente, como corte de taludes, a falta de cuidado com redes de águas pluviais e de esgoto, construções novas ligadas às redes antigas, provocando sua saturação, além de algumas construções inadequadas de muros.
Junto a esta conscientização foram distribuídos panfletos chamando atenção para cuidados ambientais junto às construções. Também foram distribuídas, em parceria com a Energisa, cartilhas chamando atenção para a correta instalação de energia elétrica domiciliar, gabaritos de fios condutores de energia elétrica e vários outros lembretes relacionados à preocupação com uma devida e correta construção, sempre obedecendo as legislações vigentes.
O coordenador do Florestar & Cia, Luiz Latour, explica que a maioria das pessoas abordadas tem preocupação com a construção empreendida. Mas, na maioria dos casos, a condição financeira os impede de fazer uma obra mais elaborada. Em alguns casos, ainda sem a devida regularização, principalmente aquelas de cunho reparatório ou anexando o famoso “puxadinho”, em alguns casos para beneficiar algum familiar atingido nas fortes chuvas de janeiro de 2011.
O coordenador observou nessa atividade que há uma enorme necessidade por parte dos órgãos públicos em efetivar a tão falada engenharia pública, bandeira de vários postulantes ao Legislativo e também ao Executivo. “A engenharia pública funcionando beneficiaria, e muito, a própria fiscalização”, acentua.
De acordo com Latour, observa-se também uma incidência no aumento da verticalização das moradias em áreas impróprias, acima dos dois terços de um determinado maciço de terra. Várias dessas mesmas construções no mesmo maciço ocasionaria sobrepeso, podendo ocasionar possíveis movimentação de terra, provocando deslizamentos em épocas de chuvas fortes. Essas construções, na sua maioria, são legalizadas levando-se em conta hoje a pouca ocupação do referido maciço de terra, porém, as construções futuras irão se valer do gabarito existente naquela rua, não se levando em consideração as condições ambientais existentes visando uma ocupação desordenada, com aglomerações muito próximas umas das outras.
O coordenador do Florestar & Cia agradece as empresas que se engajaram nessa atividade de cunho social e ambiental: EBMA,Energisa,CCM e Ki-Angelim, que se empenharam na divulgação de uma preocupação, através de conscientização, sobre como estamos ocupando o nosso solo, em muito já saturado, e aos meios de comunicação que se empenham em levar conhecimentos ambientais à população, com destaque para A VOZ DA SERRA.
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