Obras. Esta tem sido uma das palavras mais mencionadas pelos moradores do distrito de Conselheiro Paulino ultimamente. Isso porque, além das obras de canalização do Rio Bengalas, que prejudicam o fluxo de veículos na principal via que liga o Centro à região norte do município, a Avenida Governador Roberto Silveira, para comprometer ainda mais o trânsito a Avenida dos Ferroviários e a Estrada do Girassol também foram interditadas para obras.
Iniciadas em março de 2013, a obra de canalização do Rio Bengalas tem exigido muita paciência dos motoristas e moradores da localidade. A presença de máquinas e homens ao longo da pista prejudica o trânsito e relatos da demora para percorrer um trecho relativamente pequeno são cada vez mais comuns.
“A situação está caótica. Várias vias estão fechadas para obras, somando-se ao grande fluxo de carros e caminhões que cortam a cidade pela RJ-116 e ao fato de ser o distrito mais populoso do município. No último dia 4, por exemplo, houve um congestionamento que irritou muita gente: um percurso de menos de cinco quilômetros foi feito em até três horas. Precisamos de uma resposta das autoridades”, disse a leitora Mariane Bom, moradora de Conselheiro, em e-mail enviado à redação de A VOZ DA SERRA.
Já quem costumava optar pela Avenida dos Ferroviários para fugir dos engarrafamentos da Roberto Silveira também vem enfrentando problemas. Há cerca de três semanas, aproximadamente, a via que liga Duas Pedras ao centro de Conselheiro teve o trânsito interditado nos dois sentidos devido à circulação de maquinários pesados das obras do rio. A previsão inicial é que a pista seja liberada amanhã, 17. Além desta, outra rua que também é utilizada pelos motoristas como alternativa ao intenso trânsito da Roberto Silveira é a Estrada do Girassol, que liga Duas Pedras ao Jardim Califórnia. Entretanto, a via foi fechada no início desta semana para obras de asfaltamento.
Embora utilizada por vários motoristas também como alternativa ao intenso trânsito da Avenida Roberto Silveira, a Avenida Nossa Senhora do Amparo — que liga a Chácara do Paraíso a Conselheiro — também não tem sido a melhor opção. Estacionamento irregular, buracos, falta de sinalização e iluminação são alguns dos problemas encontrados.
Sem escolha, resta aos moradores do distrito o exercício da paciência e, obviamente, a cobrança para que as obras sejam concluídas dentro dos prazos, sem mais transtornos para a população.
Em meio às obras, a possibilidade de ainda perder a casa
Se de um lado da avenida há gente aflita dentro dos carros, ônibus e caminhões, contando os dias para o fim dos trabalhos às margens do rio, do outro, há moradores ainda na espera de uma resposta, ou melhor, de um nova residência.
Tatiana da Silva Marchon mora na Avenida dos Ferroviários, próximo a Duas Pedras. Da janela de casa, ela assiste aos operários e máquinas trabalharem. “Minha casa está para ser demolida, mas até agora não recebi dinheiro pelo imóvel, aluguel social ou o apartamento que me foi prometido. Por isso ainda não saí daqui”, disse ela acrescentando: “Meu quarto e cozinha estão cheios de água. Há rachaduras em várias paredes e, cada vez que uma máquina é ligada, a casa toda treme. É uma situação difícil”, desabafa.
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