Conheça a Língua Brasileira de Sinais

Por Dara Bandeira (*)

O campus Nova Friburgo da Universidade Candido Mendes (Ucam), em parceria com a Associação dos Profissionais Tradutores/Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Apil-RJ), está com inscrições abertas para o curso de extensão de Língua Brasileira de Sinais (Libras). O curso é composto por cinco módulos, com 40 horas cada, num total de 200 horas. As aulas ocorrerão às sextas-feiras, à noite. Serão cinco módulos, a começar no dia 22 deste mês, com previsão de término do primeiro bloco para meados de dezembro. São eles: iniciante, básico, intermediário, avançado e conversação. O investimento, por módulo, é de R$ 400, divididos em quatro parcelas: a primeira no ato da matrícula e as demais em outubro, novembro e dezembro. Os alunos deverão adquirir um livro, no valor de R$ 40. Alunos e ex-alunos da Universidade Candido Mendes tem descontos.

Nesta entrevista, a professora Jaqueline Batista Corrêa, responsável pela implantação do curso de Libras na Ucam Nova Friburgo, explica a importância da iniciativa e dá detalhes sobre a Língua Brasileira de Sinais.

A VOZ DA SERRA/UCAM - Para entender a importância de um curso de Libras, as pessoas precisam entender o que significa a sigla. Você pode explicar?

JAQUELINE CORRÊA - A Libras é a Língua Brasileira de Sinais, regulamentada por lei. Ela é o meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas.

AVS/UCAM - E como a educação brasileira vê o ensino de Libras?

JAQUELINE - Hoje a inclusão é uma política mundial. A Libras é considerada o melhor caminho para a aprendizagem do aluno surdo. Então, o bilinguismo hoje é a preferência dos métodos usados com o aluno surdo.

AVS/UCAM - E a senhora vê alguma dificuldade para as pessoas que queiram aprender a nova língua?

JAQUELINE - Não, nenhuma dificuldade. Querendo é só entrar no curso para ter a oportunidade de estar convivendo e aprendendo, com certeza.

AVS/UCAM - Para as crianças, o ensino de Libras torna-se mais fácil?

JAQUELINE - Acho que é uma língua como outra qualquer. Havendo o contato, a exposição, a pessoa vai aprender. Então, não vejo dificuldade nenhuma para crianças, muito pelo contrário. Se você ensinar uma língua a uma criança, ela vai absorver naturalmente. O ensino torna-se mais fácil.

AVS/UCAM - E qual a importância do curso de Libras para Nova Friburgo e região?

JAQUELINE - É muito importante porque não temos a oferta deste curso aqui na região. É um curso que promete muito, pois apresenta um leque de novidades. E não há pré-requisitos para fazer este curso. O decreto 5.626, que regulamenta a lei de Libras, coloca que até as instituições públicas têm que ter 5% de seus funcionários capacitados para a língua. Então, o curso vem a atender uma necessidade não só da educação, mas também da saúde e da Justiça. É um curso de qualidade, com preço acessível e tempo razoável para conclusão. É a oportunidade de ingressar num mercado novo, já que a Libras é relativamente uma língua nova.

AVS/UCAM - E como você vê a educação para as pessoas que têm algum tipo de deficiência?

JAQUELINE - Bem, hoje a inclusão é uma política nacional. Então, a preocupação não é só dos educadores, das universidades, escolas, mas também a legislação está apoiando essas pessoas. E eu posso falar da Universidade Candido Mendes, que já está há um tempo com trabalhos voltados para a inclusão, inclusive a Libras. Ela é regulamentada, no sentindo de ser obrigatória como disciplina nos cursos de pedagogia e música. O curso de pedagogia ainda oferece a educação inclusiva, abordando todas as deficiências, e se estuda as adaptações curriculares para se trabalhar com os alunos. O momento é este para as pessoas estarem se capacitando, estudando e se interessando.

AVS/UCAM - E as pessoas que estiverem interessadas em realizar o curso, como fazem?

JAQUELINE - As matrículas são feitas no setor do PAD da Universidade Candido Mendes. É só conversar com a funcionária Geisa, que ela repassa todos os detalhes sobre o curso. O telefone é o 2523-9932. É sempre válido lembrar que o curso não é específico para professor, e que as vagas são limitadas.

(*) aluna de Jornalismo da Ucam