Compras coletivas: um bom aliado também no fim de ano

Cupons servem como presentes e escolha de estabelecimentos para festas
sexta-feira, 06 de dezembro de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Comprovando que "a união faz a força”, os sites de compra coletiva se tornaram um sucesso. Não é de hoje que um grupo de pessoas consegue negociar melhor a aquisição de determinado produto em detrimento de um único indivíduo. A lógica é: se eu posso vender, de uma vez só, uma quantidade maior de mercadorias, nada mais justo do que dar descontos. 

Mas o pontapé inicial para transformar essa velha prática em fenômeno e-commerce em vários países coube a Andrew Mason, ao criar nos Estados Unidos, em 2008, o Groupon. O pioneiro no Brasil foi o Peixe Urbano e em Nova Friburgo, o Boa da Serra, que há três anos oferece diversas ofertas, que oferecem de 50% a 90% de descontos, de estabelecimentos de vários setores, como beleza, gastronomia, lazer, serviços automotivos etc. 

"O Eduardo (Werner) conheceu esses sites e resolveu trazer para Friburgo”, conta Breno Moura, assessor de marketing do Boa da Serra. "Na verdade, já existia uma empresa de webdesign, a Dzaine, com muitos restaurantes como clientes. Então procuramos os proprietários e lançamos a ideia da compra coletiva. As vantagens são muitas, para todos os envolvidos. Os estabelecimentos têm a possibilidade de mostrar seus novos produtos. Por exemplo, um restaurante pode mostrar um prato novo do cardápio. Ao adquirir um cupom, além de bons descontos, o comprador tem a chance de conhecer novas lojas, novos serviços e produtos. E aí cabe ao empresário oferecer um produto ou serviço de qualidade para fidelizar o cliente. Do contrário, será um ‘tiro no pé’. Não pode haver diferenciação entre o cliente que chega com um cupom e o que não chega”, alerta Breno.


Presentes e reuniões

Os gastos de fim de ano são grandes. Por mais que se queira economizar, é difícil resistir a um pedido do filho ou a dar um presente desejado pela esposa, marido, namorado, mãe ou outra pessoa querida. E ainda tem as festas de Natal e Réveillon. Mas, não dá para fugir dos outros tipos de confraternização, seja no trabalho, na escola, no clube ou em outro grupo de que participe. E lá se vão reais e mais reais com os tradicionais amigos secretos e reuniões em bares ou restaurantes. 

Os sites de compras coletivas podem ser uma boa opção para participar desses encontros e, ao mesmo tempo, fazer uma boa economia. Pode-se dar cupons bem interessantes como presente, inclusive para o amigo secreto: aquele jantar especial para dois ou um tratamento de beleza podem ser ótimas opções. Outra vantagem é que é possível comprar cupons de qualquer lugar do mundo. Então, se uma pessoa que está nos Estados Unidos quer presentear alguém aqui de Nova Friburgo, não tem problema, é só escolher a oferta daqui, realizar a operação de compra e avisar ao presenteado. Muito prático. 

"Tem até grupos de estudantes que estão se formando que adquiriram cupons para comemorar em estabelecimentos aqui da cidade. Fica barato e todo mundo curte”, conta Breno. "As empresas também já estão ficando atentas para isso”, acrescenta. Dar cupons para o amigo secreto também é bastante interessante, já que os valores estipulados para a brincadeira geralmente vão de R$ 15,00 a R$ 30,00 ou, no máximo, R$ 50,00. Muitos desses cupons têm esses valores”, diz o assessor de marketing.


Os cuidados necessários

Como tudo que faz sucesso, é preciso ter cuidado com a aquisição de cupons. Não dá para se entusiasmar com qualquer site. É como qualquer compra online. É preciso conhecer o site ou, pelo menos, procurar informações com amigos e familiares. "É fundamental que o site seja confiável, tenha um endereço físico, com nome, telefone, registro”, diz Breno. "As pessoas têm que ler as regras da promoção e ficarem atentas aos seus prazos da validade. Qualquer descumprimento das regras por parte do estabelecimento, o cliente pode entrar em contato com o site que intermediará as negociações para uma solução”, ressalta ele.

 

Quem é o inventor das Compras Coletivas

Nascido em 1980, na Pensilvânia, Estados Unidos, Andrew Mason se licenciou em Música, na Northwestern University. Em 2008, criou um site com a finalidade de promover descontos para grupo que comprassem, coletivamente, um determinado produto. A primeira oferta do site foi uma pizza pela metade do preço, de um restaurante situado no mesmo prédio da empresa de Mason.

Acreditando na proposta, Eric Lefkofsky, para quem Mason trabalhara anteriormente, resolveu investir um milhão de dólares no site que, assim, cresceu rapidamente. Com menos de dois anos a sociedade foi avaliada em 1,35 bilhão de dólares.

Apesar do sucesso do site, no início deste ano a empresa apresentou resultados decepcionantes e Andrew Mason foi demitido do cargo de CEO do Groupon, substituído por Lefkofsky. 

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