Lívia Assad
Depois do sucesso dos sites de compras coletivas em todo o Brasil, proprietários de estabelecimentos de diversos ramos garantem que os anúncios de ofertas na internet têm trazido resultados positivos em Nova Friburgo. Eles afirmam que a propaganda online é uma ferramenta importante para conquistar novos clientes e ajudar a reerguer a economia local, fortemente afetada pela tragédia de 2011.
Os anunciantes explicam que, apesar das taxas cobradas pelos sites, o grande número de vendas e o largo poder de alcance da internet acabam compensando as despesas. Além disso, segundo eles, quando os clientes compram uma promoção e ficam satisfeitos com o serviço, eles tendem a voltar e indicar o lugar para outras pessoas.
Marina Garlipp, proprietária de um hotel em Mury, revela que já anunciou várias vezes e que pretende continuar lançando ofertas online.
“No meu caso, valeu muito a pena, as vendas foram excelentes. O que acontece, com esse tipo de publicidade, é que os sites exigem que a gente dê um desconto de, pelo menos, 50 por cento no valor do serviço. Somado a isso, temos que pagar uma comissão e eles. Então, na verdade, o preço final é muito baixo. Mas a grande vantagem é que atraímos novos clientes, que passam a conhecer o hotel, tornam-se hóspedes frequentes e ainda fazem propaganda para outras pessoas”, diz ela.
Dono de hotel e restaurante em Amparo, Urs Ammann relata que o setor de turismo ainda vem sofrendo com a queda no movimento, consequência direta da catástrofe climática do ano passado. Para ele, as compras coletivas ajudaram a aumentar a procura e a garantir a sobrevivência do negócio.
“Eu acho que, se a cidade estivesse bem, não precisaríamos tanto desse tipo de estratégia. Mas, neste momento, temos a necessidade de atrair turistas e atingir o público da própria cidade, que antes não vinha aqui. O preço das diárias sai muito barato, mas quem vem para cá acaba gastando no frigobar e no restaurante. Isso faz valer a pena”, comenta ele.
A dona de um restaurante no Cônego, Rosane Riedmann, argumenta que o mais difícil no ramo é levar os clientes para experimentarem a comida. Para isso, ela conta que os três anúncios que publicou tiveram um papel fundamental.
“No nosso caso, 70 por cento das pessoas que compraram os cupons já eram fregueses. Por isso, consideramos que o desconto foi como um presente da casa para eles. Os outros 30 por cento nunca tinham vindo aqui antes. Nós queríamos atingir esse público, pois acreditamos que o mais difícil seja colocar o cliente aqui dentro. O passo seguinte é fidelizá-los, e isso só depende da gente”, enfatiza ela.
Proprietária de um instituto de beleza, Marcela Marques analisa de forma positiva as experiências que teve com promoções de compras coletivas, e acredita que anunciar em outros veículos custaria muito mais.
“O meu salão só tem um ano de existência, eu queria torná-lo mais conhecido na cidade. Anunciando nesse tipo de site, tenho que pagar uma comissão para eles e, por isso, não tenho um grande lucro. Mas, apesar disso, acho válido para divulgar. Em outros lugares, a publicidade custaria mais caro, mesmo que o retorno não fosse bom. Gostei do resultado, a maioria dos clientes que vieram conhecer o instituto através da Internet está comigo até hoje”, conclui.
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