Na Avenida Presidente Costa e Silva parte da calçada onde será a via compartilhada, que permitirá a ciclistas e pedestres trafegarem pelo mesmo caminho, começou a receber a pintura indicativa e grades de proteção.
A obra, que custará cerca de R$1 milhão, divide a opinião dos friburguenses. Alguns aprovam a ideia, outros pedem mudanças no projeto. Desde que os trabalhos começaram em julho deste ano, o tema é debate nas redes sociais e tem sido acompanhado de perto por A VOZ DA SERRA.
Um dos pilares da polêmica são os postes que se encontram no meio da calçada. Nossos leitores, em diversos comentários, deram ênfase à situação. A prefeitura fez uma alteração no projeto para que desvios fossem construídos a fim de que pedestres e ciclistas não “esbarrassem” nos postes.
Outro questionamento é pela “disputa de espaço”, a largura da calçada, a falta de uma grade de proteção, além das condições da própria calçada. Por um lado, a satisfação de andar em segurança, do outro a preocupação com os pedestres. “Vai resolver o problema principalmente do pessoal que caminha pela rua. O problema é pedestres e ciclistas no mesmo espaço”, reclamou Marcos Vieira. “Me preocupo na hora de saída das escolas. Imagine crianças em meio às bikes? Se tiver uma divisão, o projeto será bem sucedido. O certo seria refazer a calçada e alargá-la, igual em Conselheiro Paulino”, sugeriu Jhonathan dos Santos.
“Entendemos que a via compartilhada seja a mais viável para a cidade, dados os desafios que enfrentaríamos para fazer uma ciclovia exclusiva. O Termo de Referência do edital da licitação, além dos benefícios com a introdução do modal cicloviário, proporciona a criação da cultura de respeito, inclusão e integração da população, funcionando como vetor estruturante de ordenamento da cidade. O ciclista estará protegido do trânsito em todo o trecho de quatro quilômetros. Existem três postes na Avenida Costa e Silva e eles não foram diagnosticados como factíveis de remoção por dois motivos: primeiro porque são de alta tensão e o terreno para onde poderiam ser removidos (margem do rio) é instável”, explicou o subsecretário de Projetos, Sergio El Jaick.
El Jaick também garantiu a instalação de grades de proteção no local. “As grades serão instaladas de acordo com a cronologia da obra, lembrando que ela é muito extensa já que compreende o percurso total desde o Paissandu até Duas Pedras. É fundamental que as pessoas tenham um pouco de paciência. Acreditamos que, ao final da obra, teremos um compartilhamento semelhante ao que vem sendo adotado em muitas cidades”.
A obra da via compartilhada deve ser concluída no final de novembro.
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