Como prolongar a vida útil

sexta-feira, 08 de março de 2013
por Jornal A Voz da Serra

Thereza Freire Vieira (*) 

Os geriatras e gerontólogos estão lutando para que a vida seja prolongada, mas não apenas em idade, mais que isso, em saúde, otimismo, amor à vida, alegria de viver. 
Não basta prolongar a vida, é preciso saber usar a vida que lhe resta. 
Entre as piores perdas que os idosos podem enfrentar, é a perda de entes queridos e a imobilidade que pode levar ao isolamento social. Na verdade, o que leva ao isolamento social é a falta de um papel na sociedade. 
A saúde é influenciada pelo estado de espírito. Pessoas ativas e felizes parecem ser saudáveis. 
Para viver num mundo que está envelhecendo é preciso que a sociedade reconheça que as pessoas idosas, constituem um recurso válido e combater o “velhismo”. Possibilitar, aos que estão envelhecendo, uma participação ativa no processo de desenvolvimento social e proporcionando atenção adequada à saúde, promover a solidariedade entre as gerações. 
É preciso que a sociedade compreenda a importância de um melhor atendimento ao idoso. As pessoas que envelhecem precisam de um cuidado permanente para que sejam independentes, possam cuidar de si mesmas, porque os familiares, já com o trabalho que exercem fora de casa e com as despesas no ambiente familiar, precisam ser ajudados de alguma forma. 
O importante é viver bem com a idade que tem. Aceitar a velhice com sabedoria, tentando ser independente, viver o melhor que pode. 
Antes da aposentadoria, deviam saber o que poderiam fazer para ter uma atividade de lazer ou para melhorar a renda familiar, já que todos reclamam da miséria de suas aposentadorias. 
O ideal é o idoso não depender de seus familiares nem fisicamente, nem financeiramente. E que a sua presença no meio familiar seja motivo de alegria, descontração e nunca levar o seu pessimismo, o desânimo e se queixar da vida que está sendo prolongada e que a morte devia lembrar-se deles. 
Sentindo-se desanimado, deprimido deve procurar ajuda profissional, pensar nas pessoas jovens que estão lutando no dia a dia num leito de hospital pedindo a Deus a sua cura, pois se apegam à vida. A vida é boa ou ruim dependendo de cada um de nós. 

(*) médica geriátrica e escritora, colaboradora de jornais e revistas

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