Lívia Assad
A redução do IPI para eletrodomésticos de linha branca, anunciada no último dia 1° pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, trouxe otimismo para o comércio varejista de Nova Friburgo. Com a medida, as vendas de fogões, geladeiras, freezers, máquinas de lavar roupa e secadoras podem aumentar em até 30 por cento. No período de Natal, a expectativa é de que o movimento nas lojas do setor consiga superar o do ano passado.
A diminuição no IPI é válida até 31 de março de 2012 e inclui apenas produtos com baixo consumo de energia, os chamados eletrodomésticos classe A. No caso dos refrigeradores e das lavadoras, a redução no imposto é de 10 por cento. Para os fogões, a alíquota foi zerada. O repasse ao consumidor não segue, necessariamente, essa porcentagem, já que o preço final das mercadorias não envolve apenas o IPI, mas, também, outras taxas.
Na cidade, várias lojas ainda não conseguiram alterar os preços. O proprietário de uma empresa do ramo, Helder Louback, explica a dificuldade de aplicar os reajustes no período de Natal, quando as mercadorias já estão em estoque.
“Se a queda do IPI tivesse ocorrido em janeiro, seguramente a redução dos preços para o consumidor seria imediata. No entanto, no período anterior ao Natal, o comércio já tem estoque de mercadorias, que foram compradas meses antes, quando o valor do imposto ainda era elevado. Agora teremos que fazer um levantamento de todos os produtos estocados e esperar o ressarcimento das fábricas. Aí, sim, os novos preços chegarão ao consumidor. Acredito que isso acontecerá antes do Natal”, relata ele.
O gerente de outra loja no Centro, Victor Faria, conta que, na última redução do IPI feita pelo governo, o aumento nas vendas chegou a 15 por cento. Desta vez, em pleno mês de dezembro, a medida trouxe ainda mais entusiasmo ao comércio.
“Até pouco tempo, estávamos pessimistas em relação às vendas de Natal. O ano de 2011 foi atípico na cidade. Por causa da enchente, muita gente comprou eletrodomésticos em fevereiro. Além disso, foi um período de crise em toda a economia, e as vendas caíram bastante em relação ao ano passado. Nós esperávamos um declínio, mas a queda no IPI é um ótimo incentivo para o consumidor. Agora, acredito que haja grandes chances de superarmos o ano passado”, analisa o gerente.
Nas lojas, os consumidores se aproximam dos produtos para conferir as etiquetas. O vendedor Michérlon Borges Knust, de 24 anos, já vê diferença nos preços.
“Com certeza baixou bastante. Comprei um aparelho na semana passada e hoje já está bem mais em conta”, revela ele.
Também vendedor, Antônio Carlos Xavier, de 52 anos, diz que tem feito comparações com os preços anteriores, mas ainda não notou alterações.
“Acredito que, por enquanto, não baixou nada”, conclui.
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