Comerciantes da Avenida Alberto Braune se desesperam com mau cheiro de bueiro

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Comerciantes da Avenida Alberto Braune se desesperam com mau cheiro de bueiro
Comerciantes da Avenida Alberto Braune se desesperam com mau cheiro de bueiro

Desesperadora. Assim pode ser definida a situação dos comerciantes do início da Avenida Alberto Braune, lado ímpar, que convivem com um bueiro que exala terrível mau cheiro. O constrangimento dos clientes é visível e alguns já deixaram de consumir naquele trecho em função do problema.

É o que garante Iracema de Jesus Macedo, proprietária de uma banca de jornais e revistas no local. Ela, que já tem a banca há sete anos, afirma já ter perdido clientes devido ao odor reinante ali, além de não conseguir almoçar e ainda ter de tomar remédio para ânsia de vômito e dor de cabeça.

Iracema diz que os clientes da sua banca, ao sentirem o mau cheiro, olham espantados ao redor e ela logo explica que se trata do bueiro ali perto. Ela chegou a colocar um aviso impresso na banca avisando sobre a procedência do mau cheiro.

Cliente da banca, Camila Monteiro confirma a situação insuportável e espera que a Prefeitura tome as devidas providências. Alan da Silva Batista, também cliente da banca, diz que o problema é diário e piora em dias quentes. Para ele, a Prefeitura tem que abrir ao redor do bueiro para descobrir as causas do problema e, se não for de sua competência, encaminhar o problema à concessionária Águas de Nova Friburgo.

A proprietária da banca afirma que, para amenizar o mau cheiro, tapa o bueiro com papelão, tomando o cuidado de tirá-lo sempre que fecha a banca ou chove. E quando chove o bueiro bota água para fora, alaga aquele trecho e exala mau cheiro insuportável.

Léa, Alexandre e Henrique, da loja Ferragens Braune, dizem que se esforçam para conviver com o problema, mas admitem que é difícil. Já estão cansados de esperar por uma solução. Quando chove o trecho fica alagado e os motoristas nem conseguem entrar nos veículos ali estacionados. Há dias que eles nem chegam na porta da loja de tanto mau cheiro. Os clientes ficam olhando espantados pensando que é da loja.

Sueli Jardim, da Loja Pérola, salienta que, além do odor, vive outro drama: a loja é invadida por baratas que saem do bueiro. Já fez desinsetização da loja três vezes além da garantia e não resolveu o problema, porque as baratas continuam saindo do bueiro e entrando na loja. Ela tem usado aromatizante em grande quantidade para disfarçar o cheiro.

Para Sueli, a Prefeitura tem que desentupir o bueiro, limpá-lo para melhorar a situação das lojas daquele trecho inicial da Alberto Braune, onde há um café e um supermercado que, inclusive, lidam com produtos alimentícios.

Renata Lomônco, do café Romarela, confirma que, por lidar com alimentos, a situação é ainda pior. Quando chove fica insustentável devido ao mau cheiro. Clientes nem podem voltar para o carro, pois o trecho fica alagado e fedendo. Ela já tentou pedir às autoridades uma solução, mas fica o jogo de empurra entre a Prefeitura e a concessionária Águas de Nova Friburgo. Há um ano, durante uma forte chuva, a água retornou pelos ralos da lanchonete e uma equipe da Águas de Nova Friburgo esteve no local e refez uma tubulação. Renata diz que dentro da loja o problema foi resolvido, mas ninguém consegue dar jeito no bueiro.

PREFEITURA - Ouvido pela reportagem deste jornal, o secretário municipal de Serviços Públicos, Alexandre Cruz, explica que uma equipe de sua secretaria já fez uma tentativa de desentupir o referido bueiro, inclusive com o emprego do caminhão Vac All, porém, sem sucesso.

Para que o problema tenha uma solução definitiva, Cruz encaminhou o caso ao secretário de Obras, Clauber Santos, com sugestão de abrir entorno do bueiro para saber a razão do problema e dar uma solução.

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