Desesperadora. Assim pode ser definida a situação dos comerciantes do início da Avenida Alberto Braune, lado ímpar, que convivem com um bueiro que exala terrível mau cheiro. O constrangimento dos clientes é visível e alguns já deixaram de consumir naquele trecho em função do problema.
É o que garante Iracema de Jesus Macedo, proprietária de uma banca de jornais e revistas no local. Ela, que já tem a banca há sete anos, afirma já ter perdido clientes devido ao odor reinante ali, além de não conseguir almoçar e ainda ter de tomar remédio para ânsia de vômito e dor de cabeça.
Iracema diz que os clientes da sua banca, ao sentirem o mau cheiro, olham espantados ao redor e ela logo explica que se trata do bueiro ali perto. Ela chegou a colocar um aviso impresso na banca avisando sobre a procedência do mau cheiro.
Cliente da banca, Camila Monteiro confirma a situação insuportável e espera que a Prefeitura tome as devidas providências. Alan da Silva Batista, também cliente da banca, diz que o problema é diário e piora em dias quentes. Para ele, a Prefeitura tem que abrir ao redor do bueiro para descobrir as causas do problema e, se não for de sua competência, encaminhar o problema à concessionária Águas de Nova Friburgo.
A proprietária da banca afirma que, para amenizar o mau cheiro, tapa o bueiro com papelão, tomando o cuidado de tirá-lo sempre que fecha a banca ou chove. E quando chove o bueiro bota água para fora, alaga aquele trecho e exala mau cheiro insuportável.
Léa, Alexandre e Henrique, da loja Ferragens Braune, dizem que se esforçam para conviver com o problema, mas admitem que é difícil. Já estão cansados de esperar por uma solução. Quando chove o trecho fica alagado e os motoristas nem conseguem entrar nos veículos ali estacionados. Há dias que eles nem chegam na porta da loja de tanto mau cheiro. Os clientes ficam olhando espantados pensando que é da loja.
Sueli Jardim, da Loja Pérola, salienta que, além do odor, vive outro drama: a loja é invadida por baratas que saem do bueiro. Já fez desinsetização da loja três vezes além da garantia e não resolveu o problema, porque as baratas continuam saindo do bueiro e entrando na loja. Ela tem usado aromatizante em grande quantidade para disfarçar o cheiro.
Para Sueli, a Prefeitura tem que desentupir o bueiro, limpá-lo para melhorar a situação das lojas daquele trecho inicial da Alberto Braune, onde há um café e um supermercado que, inclusive, lidam com produtos alimentícios.
Renata Lomônco, do café Romarela, confirma que, por lidar com alimentos, a situação é ainda pior. Quando chove fica insustentável devido ao mau cheiro. Clientes nem podem voltar para o carro, pois o trecho fica alagado e fedendo. Ela já tentou pedir às autoridades uma solução, mas fica o jogo de empurra entre a Prefeitura e a concessionária Águas de Nova Friburgo. Há um ano, durante uma forte chuva, a água retornou pelos ralos da lanchonete e uma equipe da Águas de Nova Friburgo esteve no local e refez uma tubulação. Renata diz que dentro da loja o problema foi resolvido, mas ninguém consegue dar jeito no bueiro.
PREFEITURA - Ouvido pela reportagem deste jornal, o secretário municipal de Serviços Públicos, Alexandre Cruz, explica que uma equipe de sua secretaria já fez uma tentativa de desentupir o referido bueiro, inclusive com o emprego do caminhão Vac All, porém, sem sucesso.
Para que o problema tenha uma solução definitiva, Cruz encaminhou o caso ao secretário de Obras, Clauber Santos, com sugestão de abrir entorno do bueiro para saber a razão do problema e dar uma solução.
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