A segunda etapa anual de vacinação contra a Febre Aftosa vai até o próximo dia 30, e devem ser imunizados todos os bovinos e bubalinos (búfalos) com até 24 meses de idade. As lojas agrícolas do município cadastradas, realizam a venda desta vacina, que precisa estar em uma temperatura adequada, para não perder a validade. A própria loja faz um cadastro no CPF do produtor e fornece uma ficha para que após a vacinação, ele vá ao núcleo de defesa e efetue a entrega do comprovante de vacinação. A não vacinação acarreta multa para o produtor.
O Estado do Rio de Janeiro está há 22 anos sem o registro da doença no rebanho, e atualmente possui o status de área livre de aftosa com vacinação. O avanço do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa depende do atendimento às ações previstas no Plano Estratégico para a doença que compreende o período de 2017 a 2026 e contempla a obtenção de índices de vacinação superiores a 90% nas etapas de maio e novembro.
A doença
A febre aftosa é uma das enfermidades animais mais contagiosas e causa importantes perdas econômicas. A mortalidade é baixa em animais adultos, mas nos jovens provoca problemas cardíacos [miocardites] que levam à morte. Atinge animais bovinos, ovinos, caprinos, porcos e todos os ruminantes selvagens. Camelos, dromedários, lhamas e vicunhas têm baixa suscetibilidade; cavalos não são afetados.
A transmissão se dá por contato direto com animais infectados, contato com secreções, vetores móveis (homens e animais domésticos) que tenham estado em contato com animais contaminados e veículos e equipamentos nas mesmas condições. Em casos raros o vírus pode ser transportado pelo ar. Os animais contaminados podem transmitir a doença durante o período de incubação e manifestação da aftosa. O ar expirado, saliva, fezes, urina, leite e sêmen de animais doentes provocam contaminação até quatro dias antes do aparecimento dos primeiros sintomas clínicos.
Nos primeiros dias antes da manifestação das feridas os animais apresentam falta de apetite, calafrios, febre e redução da produtividade de leite. Após a manifestação das aftas o animal não consegue se alimentar ou caminhar, ficando prostrado e fraco. A mortalidade é alta entre animais jovens. A prevenção se dá com a proteção das zonas livres mediante controle e vigilância dos deslocamentos de animais; sacrifício de animais infectados, recuperados e de animais suscetíveis que entraram em contato com indivíduos doentes; desinfecção dos locais e de todo material infectado (artefatos, veículos, roupas); destruição dos cadáveres. A imunidade é conferida seis meses após as primeiras vacinações. A aftosa não representa risco para a saúde humana. A doença não é transmitida pelo consumo de carne, leite e derivados de animais infectados.
O que o produtor precisa saber:
- Compre as vacinas somente em lojas registradas
- Verifique se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2 e 8 graus
- Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre
- Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação
- Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos.
- Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação.
- Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml. O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma. Para evitar a formação de caroço no local da vacina.
- Siga as recomendações de limpeza, utilize a agulha certa, desinfetada e trocada com frequência.
- Não se esqueça de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas.
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